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Dupla listagem da JBS (JBSS3) termina hoje (19); consultoria recomenda que acionistas votem contra a mudança

19 maio 2025, 12:29 - atualizado em 19 maio 2025, 12:45
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Em carta aos acionistas do frigorífico, a JBS critica recomendação da ISS e defende reestruturação da companhia. (Foto: Divulgação)

A JBS (JBSS3) se aproxima da dupla listagem, mas talvez o caminho até lá não seja tão suave quanto esperado. Nos últimos dias, a consultoria Institutional Shareholder Services (ISS), de voto institucional, divulgou uma recomendação contrária à mudança no frigorífico, afirmando que “é problemática e priva grandemente os acionistas minoritários”.

A assembleia geral sobre a dupla listagem da JBS (JBSS3) acontece na sexta-feira (23), mas os acionistas têm até esta segunda (19) para enviar os votos à distância. A recomendação da empresa é que os acionistas aprovem a mudança.

Procurada pelo Seu Dinheiro, a JBS ainda não se posicionou sobre o caso.

O objetivo da JBS é ter ações listadas na bolsa de Nova York (Nyse), com BDRs listadas na bolsa brasileira (B3). Nesta matéria você pode conferir mais detalhes sobre esta movimentação, o que ela representa para a JBS e para os acionistas.

JBS questiona recomendação da ISS

Em resposta à ISS, a JBS enviou uma carta aos acionistas defendendo a dupla listagem de seus papéis e questionando o posicionamento da consultoria.

“(…) acreditamos que a ISS claramente não reconhece o compromisso de longo prazo e a importância estratégica do papel e da contribuição do acionista controlador para alcançar a liderança da JBS na indústria global de alimentos”, afirma o frigorífico na carta aos acionistas. Diz, ainda, que a ISS falha em “ponderar adequadamente a justificativa estratégica convincente e os potenciais benefícios econômicos da transação”.

Ainda de acordo com a JBS, a ISS reconhece explicitamente que “a transação desbloquearia o valor das ações da empresa, expandiria a capacidade de investimento, buscaria a estratégia de crescimento global e melhoraria a capacidade de competir com empresas internacionais”.

A consultoria também reconhece que a dupla listagem permitiria “aumentar a visibilidade entre a comunidade global de investidores, melhorando a comparabilidade com os principais pares; expandir o acesso a uma base de investidores maior; ter maior flexibilidade para levantar capital por meio de emissões de ações, reduzindo assim a necessidade de depender de financiamento de dívida; e reduzir o custo de capital”.

Além disso, a ISS observa em sua recomendação que “caso esta transação não seja aprovada, o valor das ações da JBS pode diminuir, dado que a recente valorização dos preços parece estar pelo menos em parte relacionada ao anúncio desta reorganização”, continua a JBS na carta aos acionistas.

Desde 17 de março, os papéis JBSS3 acumulam valorização de quase 30%, muito acima da alta verificada pelo Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira.

Por esses motivos, a JBS afirma que a recomendação da ISS “não é apenas injustificada, mas, mais criticamente, desalinhada com os interesses de longo prazo dos acionistas”. Segundo o frigorífico, a consultoria dá um “peso desproporcional” à sua oposição ideológica contrária às duplas listagens.

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seudinheiro@moneytimes.com.br
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