Mercados

É hora de comprar Brasil? Investidores dos EUA seguem otimistas com a bolsa por 4 motivos

06 out 2025, 15:35 - atualizado em 06 out 2025, 15:36
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(Imagem: tzahiV/Getty Images Signature)

Após a entrada de bilhões de dólares em setembro na bolsa, os investidores dos Estados Unidos continuam otimistas com o Brasil. Pelo menos, essa é a percepção da XP Investimentos após uma rodada de conversas. 

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Segundo os estrategistas, quatro motivos atraem os investidores norte-americanos para o mercado acionário brasileiro. O primeiro deles é a percepção de que o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA e um dólar mais fraco favorece os mercados emergentes, como o Brasil. 

Em segundo lugar, os investidores acreditam que a economia brasileira já atingiu um “pico dos juros” com a Selic a 15% ao ano e a expectativa é de um corte de três pontos percentuais no próximo ciclo de afrouxamento. 

Além disso, a escassez de boas alternativas em outros mercados emergentes também é um atrativo, com muitos investidores aumentando exposição à América Latina – especialmente Brasil e México. 

O valuation da bolsa brasileira ainda segue “barato”, com fundamentos microeconômicos vistos como sólidos. 

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Onde os gringos estão investindo? 

Para os estrategistas da XP, os investidores dos EUA têm “grande” interesse em setores domésticos e sensíveis à taxa de juros como Bancos, Elétricas & Saneamento, Construção Civil e Infraestrutura. 

“Os investidores buscam valor em nomes que ficaram para trás, como Localiza (RENT3), WEG (WEGE3), RD Saúde (RADL3), Bradesco (BBDC4), entre outros”, afirmaram Fernando Ferreira, Felipe Veiga, Lucas Rosa e Raphael Figueiredo, em relatório. 

“Os maiores consensos de posicionamento são Nu, Itaú e Mercado Livre – embora em relação ao último, e ao setor de Varejo, observamos preocupações maiores diante da desaceleração econômica no Brasil e da concorrência”, acrescentaram. 

A equipe também destaca que há um interesse maior do que o usual em small caps, “que vêm apresentando forte desempenho no ano”. 

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“O valuation das ‘líderes’ (ações com maior liquidez e boa dinâmica de lucros) é visto como menos óbvio após o rali recente”, diz o relatório. 

Riscos à frente

A XP, por sua vez, não descarta os riscos à frente que podem “minar” o interesse dos investidores dos EUA. Entre eles está a possível retomada da inflação local, principalmente  se o estímulo fiscal for significativo em um ano eleitoral. 

O “trade eleitoral” também está na mesa, já que nesse período anterior às eleições é, comumente, mais volátil. 

Além do cenário doméstico, os fatores externos entram na conta: um possível fortalecimento do dólar e uma postura “mais dura” do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). 

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“Um dólar mais forte e menos cortes de juros do que o esperado podem pesar sobre ativos de risco de emergentes, incluindo o Brasil, que vem sendo um dos principais beneficiários dos cortes do Fed”, afirmaram os estrategistas da XP. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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