Comprar ou vender?

É um bom momento para investir em commodities?

12 abr 2021, 22:26 - atualizado em 12 abr 2021, 22:38

Agora é um bom momento para comprar commodities, pois estão muito descontadas, afirmou Matheus Spiess. O analista da Empiricus destacou que a razão S&P GSCI/S&P, usada para verificar descontos ou prêmio das commodities em relação a outras empresas, está na mínima desde os anos 70.

Com a chegada da pandemia de Covid-19, o cenário para as commodities, que já estavam desvalorizadas, piorou. O petróleo chegou a patamares negativos por conta da quebra da cadeia de suprimentos, mas está se recuperando com a retomada da economia, puxada pelo início da vacinação da população.

Os preços ficaram um pouco instáveis em março, mas nada que mudasse a estrutura e a visibilidade de uma janela de oportunidade para os próximos anos. Spiess defendeu que existem gatilhos de curto prazo que dão a entender que o mercado pode estar vivendo o início de um superciclo.

Um dos fatores que justificam essa visão positiva é o pacote de infraestrutura de Joe Biden, no valor de US$ 2,3 bilhões. Os estímulos monetários em países desenvolvidos, somados à baixa taxa de juros, corroboram para um ambiente de grandes investimentos, o que contribui para o aumento da produção.

Spiess destacou que o cenário atual se assemelha muito ao que aconteceu nos anos 2000, quando houve o último grande ciclo das commodities.

Sustentabilidade

O petróleo saiu dos patamares negativos e voltou para mais ou menos US$ 60 o barril, enquanto o minério de ferro está em aproximadamente US$ 160-170 a tonelada.

De acordo com Spiess, mesmo que o minério de ferro volte a US$ 110/tonelada, existem alternativas no mercado que podem segurar o ciclo de alta.

Temas como sustentabilidade e meio ambiente têm ganhado cada vez mais destaque. A demanda por metais antes esquecidos, como alumínio, zinco, cobre e até urânio, está voltando com o surgimento de novas oportunidades no mercado.

“Essas commodities ficaram largadas e têm muito potencial agora, porque elas estão envoltas em uma sustentabilidade ambiental, renovável”, afirmou Spiess.

No mais, pode-se concluir que o cenário parece otimista. No entanto, existem potenciais riscos na tese de investimento, como o aperto monetário chinês e a inflação global, o que levaria a cortes de estímulos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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