Economia

Economia brasileira deverá mostrar primeira contração desde 2016, diz pesquisa

28 maio 2019, 11:43 - atualizado em 28 maio 2019, 11:47
Ausência de reformas estruturais prejudica investimento e retomada do emprego

A economia brasileira deverá apresentar sua primeira contração desde 2016 no primeiro trimestre, com a atividade econômica prejudicada pela ausência das reformas estruturais, baixo nível de investimento e taxa crescente de desemprego, segundo levantamento feito pela Reuters.

Caso o PIB apresente variação negativa, será a primeira vez desde a recessão profunda de 2015 a 2016. Mediana das estimativas de 18 economistas aponta para recuo de 0,2% no nível de produto do primeiro trimestre deste ano. O intervalo de respostas compreendeu de 1,4% negativo a 0,2% positivo.

Em relação ao quarto trimestre de 2018, as projeções apontam para crescimento de 0,5% no período. Os dados oficiais serão divulgados na próxima quinta-feira (30).

Sem investimento, com loop

Para o Bank of America Merrill Lynch, “a razão-chave para a recuperação econômica fraca é o atraso significativo na aprovação da reforma da Previdência e o risco de maior diluição das propostas”. “O investimento foi retraído pelos atrasos e ruídos em torno da reforma da Previdência”, avalia a instituição.

Por sua vez, o analista Arthur Carvalho do Morgan Stanley afirmou que o “loop de feedback eterno” entre política e crescimento da economia não apresenta sinais de quebra no curto prazo, o que leva a piora na expectativa de crescimento para 2019.

Apesar das dificuldades, o médio prazo permanece otimista. Segundo Alberto Ramos, do Goldman Sachs, o PIB real do país ainda está 8,1% abaixo do pico visto em dezembro de 2013, e somente 3,5% acima da mínima de dezembro de 2016.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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