Economia e meteorologia
Paulo Gala é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP) e economista da Fator Administração de Recursos
Na meteorologia pesquisadores não ficam otimizando comportamento de partículas de água sujeitas a restrições. Estudam os grandes movimentos dos ventos, das diversas massas de ar, dos diferencias de temperatura. O estudo da parte e da partícula e secundário para o entendimento do sistema e de sua dinâmica.
Mark Buchanan mostra como a física dos sistemas complexos e a meteorologia podem oferecer um ótimo paralelo para se estudar economia. Por que os economistas “modernos” insistem em usar métodos tão antiquados?
Um conjunto de agentes que interagem geram um sistema complexo. O comportamento desses agentes funciona com feed backs e os agentes tem memória.
As estratégias de comportamento desses agentes mudam de acordo com a história das interações. Sistemas complexos criados por esse tipo de interação são abertos e portanto imprevisíveis.
Sistemas desse tipo exibem “vida” e fenômenos emergentes muitas vezes extremos e imprevisíveis. Os fenômenos emergentes aparecem sem a necessidade de um controlador central ou mão invisível. Um sistema complexo oscila entre ordem e desordem.
Metodologias para se estudar sistemas com essa natureza: Abordagens holísticas, orgânicas e macro. Análise histórica do comportamento do sistema.