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Coluna do André Galhardo

Economia na semana: Destaques ficam para Pnad no Brasil e prévia do PIB nos EUA

26 out 2025, 12:21 - atualizado em 26 out 2025, 12:21
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(Imagem: tzahiV/Getty Images Signature)

A última semana de outubro será marcada pela divulgação de indicadores que devem reforçar o cenário de moderação econômica, tanto no Brasil quanto no exterior.

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Como destaque, no exterior, temos a divulgação da inflação da prévia do PIB nos EUA e a Pnad no Brasil. Mas investidores devem continuar também a repercutir números já publicados.

Arrecadação recorde reforça trajetória fiscal mais controlada

Segundo dados da Receita Federal, o país registrou arrecadação recorde para o mês, totalizando cerca de R$ 216,7 bilhões — alta real de 1,43% em relação a setembro de 2024.
O resultado reflete o bom desempenho da atividade econômica e o impacto de medidas pontuais de recomposição de receitas.

A projeção para o resultado primário indica crescimento real de pouco mais de 2% nas despesas totais.
Apesar da necessidade de cautela diante dos riscos fiscais de médio e longo prazo, os números reforçam a percepção de que a meta fiscal do novo arcabouço será cumprida.

IGP-M deve ter deflação expressiva em outubro

Após dois meses de recomposição assimétrica dos preços, o IGP-M deve apresentar queda de 0,44% em outubro, levando a variação acumulada em 12 meses para 0,84% — o menor nível desde maio de 2024.

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As prévias indicam forte retração nos preços ao produtor, o que deve aliviar a trajetória de desinflação, enquanto a inflação ao consumidor e no setor de construção civil deve subir de forma moderada.

Desemprego deve cair a novo piso histórico

Após estabilidade entre julho e agosto, a taxa de desocupação deve retomar a trajetória de queda no trimestre encerrado em setembro, chegando a 5,5%, o menor nível da série histórica.

O dado reflete a resiliência do mercado de trabalho, mesmo diante de um cenário econômico mais moderado.

Ainda assim, há sinais de desaceleração: a criação de postos formais deve somar 176,6 mil em setembro, número inferior ao registrado no mesmo período de 2024 — o que indica uma expansão mais compatível com o atual estágio do ciclo.

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Inflação mais fraca nos EUA deve abrir espaço para novo corte de juros

A inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos veio abaixo do esperado, reforçando a confiança do Federal Reserve em realizar novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.
A decisão também reforça as apostas em novo corte na reunião de dezembro.

Mesmo sem dados atualizados do mercado de trabalho por causa do shutdown, o Fed tem sinalizado preocupação em evitar uma desaceleração mais brusca da economia.

Prévia do PIB dos EUA deve mostrar leve aceleração

A prévia do PIB norte-americano deve indicar crescimento anualizado de cerca de 2,5%, segundo estimativas do próprio Fed e do mercado financeiro.

Caso confirmado, o resultado mostrará a força da economia dos EUA, ainda que possa gerar dúvidas sobre os próximos passos da política monetária em 2026.

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Apesar das incertezas em torno da política comercial e tarifária, a economia segue robusta e com ritmo de expansão sólido.

BCE deve manter juros inalterados diante de inflação controlada

Os discursos recentes indicam que o Banco Central Europeu (BCE) deve manter a taxa de juros na próxima reunião.

A inflação anualizada de 2,2% está dentro da meta e segue em trajetória benigna, mas a atividade econômica do bloco, sobretudo na Alemanha, mostra sinais de enfraquecimento.

Diante desse equilíbrio delicado, o BCE tende a priorizar o controle da inflação em detrimento do estímulo à atividade.

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PIB da Zona do Euro deve mostrar estabilidade

A prévia do PIB da Zona do Euro deve apontar estabilidade na comparação trimestral e crescimento de cerca de 1,0% na base anual.

Mesmo com dados fracos de atividade, especialmente na Alemanha, o BCE ainda não está convencido de que a inflação está totalmente controlada e deve manter inalterada a taxa de juros por enquanto.

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Consultor Econômico da plataforma Remessa Online
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, mestre em Economia Política pela PUC-SP, professor e coordenador universitário do curso de Ciências Econômicas. É autor do livro O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico, que recebeu menção honrosa no Prêmio Brasil de Economia 2021 do Cofecon. Foi premiado pelo Banco Central nos anos de 2023 e 2024 por liderar o ranking anual Top 5 do Boletim Focus na categoria de projeções da taxa de desocupação da PNAD Contínua.
andre.galhardo@autor.www.moneytimes.com.br
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, mestre em Economia Política pela PUC-SP, professor e coordenador universitário do curso de Ciências Econômicas. É autor do livro O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico, que recebeu menção honrosa no Prêmio Brasil de Economia 2021 do Cofecon. Foi premiado pelo Banco Central nos anos de 2023 e 2024 por liderar o ranking anual Top 5 do Boletim Focus na categoria de projeções da taxa de desocupação da PNAD Contínua.
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