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Coluna do André Galhardo

Economia na semana: IBC-Br, PIB do Japão e decisão de juros na China

16 nov 2025, 9:00 - atualizado em 14 nov 2025, 14:33
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(Imagem gerada pelo Copilot/ChatGPT)

A terceira semana de novembro será menos agitada e mais curta para os brasileiros, devido ao feriado da Consciência Negra, na quinta-feira (14), quando a Bolsa brasileira não funciona. Mas há alguns dados que estarão no radar do mercado.

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Na noite de domingo, há a divulgação do produto interno bruto (PIB) do Japão, às 20h50. O dado ganha força devido aos recentes acontecimentos no país, com a dívida pública crescendo e o Banco do Japão (BoJ) falando na necessidade de subir juros.

Logo na segunda, às 9h, o Banco Central brasileiro divulga o IBC-Br, visto pelo mercado como uma “prévia do PIB”. Na quarta, por fim, o Banco Popular da China decide o futuro da taxa de juros no gigante asiático.

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PIB do Japão volta ao radar dos investidores posicionados em Brasil

A primeira-ministra japonesa recém-eleita, Sanae Takaichi, afirmou na última semana que, embora a inflação esteja acima da meta do Bank of Japan, ainda é prematuro concluir que o país superou o quadro de deflação.

A sinalização reforça a percepção de que Takaichi deverá adotar uma orientação mais expansionista na política fiscal.

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Uma postura fiscal mais expansionista pode levar o BoJ a calibrar uma política monetária ligeiramente mais restritiva do que o mercado antecipa hoje, possivelmente com elevação da taxa básica no primeiro semestre de 2026.

Eventuais altas de juros no Japão podem coincidir com o início do ciclo de cortes pelo Copom, o que tende a acelerar o desmonte de operações de carry trade e, por sua vez, pressionar negativamente o real frente às principais divisas conversíveis.

Serviços pode puxar IBC-Br

O setor de serviços, em máxima histórica, pode influenciar positivamente o IBC-Br, e o indicador de atividade do Banco Central tende a registrar variação ligeiramente positiva em setembro.

Apesar dos recuos no comércio varejista (-0,3%) e na produção industrial (-0,4%), os avanços observados nos serviços e no varejo ampliado devem ser determinantes para o desempenho do IBC-Br no mês.

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Modelos estatísticos apontam para uma variação marginal, próxima de 0,1%. Ainda que esse resultado se concretize, ele não altera a dinâmica recente do indicador, que deve registrar queda de 0,7% no terceiro trimestre.

Decisão de juros na China

O desempenho industrial abaixo do esperado não deve provocar alterações na condução da política monetária na China.

Após um resultado industrial mais fraco que o projetado, o Banco Popular da China tende a manter inalteradas, em outubro, as taxas de juros de um e cinco anos.

A queda da taxa de desemprego, de 5,2% para 5,1%, e o avanço ligeiramente acima do esperado nas vendas do varejo devem, por ora, adiar os planos do PBoC de seguir ampliando o grau de flexibilização monetária necessário para sustentar o cumprimento das metas de crescimento do país.

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Consultor Econômico da plataforma Remessa Online
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, mestre em Economia Política pela PUC-SP, professor e coordenador universitário do curso de Ciências Econômicas. É autor do livro O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico, que recebeu menção honrosa no Prêmio Brasil de Economia 2021 do Cofecon. Foi premiado pelo Banco Central nos anos de 2023 e 2024 por liderar o ranking anual Top 5 do Boletim Focus na categoria de projeções da taxa de desocupação da PNAD Contínua.
andre.galhardo@autor.www.moneytimes.com.br
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, mestre em Economia Política pela PUC-SP, professor e coordenador universitário do curso de Ciências Econômicas. É autor do livro O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico, que recebeu menção honrosa no Prêmio Brasil de Economia 2021 do Cofecon. Foi premiado pelo Banco Central nos anos de 2023 e 2024 por liderar o ranking anual Top 5 do Boletim Focus na categoria de projeções da taxa de desocupação da PNAD Contínua.
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