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Ecorodovias (ECOR3) garante nova concessão com contrato de R$ 7 bilhões, mas ações caem na bolsa

27 jun 2025, 17:08 - atualizado em 27 jun 2025, 17:08
Ecopistas, Ecorodovias
Rodovia administrada pela EcoRodovias (Imagem: Twitter/Ecopistas)

A Ecorodovias (ECOR3) deu um passo relevante em sua estratégia de crescimento e eficiência e venceu, sem concorrência, o processo de reequilíbrio contratual da concessão da BR-101/ES/BA (Eco101), o que garantiu a extensão do prazo de exploração da rodovia em mais 10 anos, totalizando 24 anos.

A negociação foi realizada na B3, e o novo contrato prevê um investimento adicional de R$ 7 bilhões ao longo da concessão.

Com isso, o capex total previsto da Ecorodovias salta para R$ 46 bilhões, um valor expressivo frente ao seu valor de mercado atual, de aproximadamente R$ 5,2 bilhões. Ainda assim, o BTG Pactual considera o movimento positivo e manteve recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 11.

A principal vantagem da operação, segundo o banco, está no fato de a rodovia já estar em operação e gerar receita. O Ebtida estimado para 2026 é de R$ 336 milhões, mais que o triplo dos últimos 12 meses. Ou seja, o retorno sobre o investimento tende a ser mais previsível e menos arriscado.

O novo contrato também prevê aumento gradual do pedágio, que será reajustado em três etapas até alcançar R$ 11,97 em pistas simples e R$ 15,57 em pistas duplas.  Entre os investimentos obrigatórios estão obras de duplicação, construção de passarelas e vias marginais.

A concessão original, assinada em 2012, começou com um desconto elevado de 46% na tarifa, mas sofreu com projeções otimistas demais e custos operacionais mais altos que o previsto. Agora, com um desenho mais realista, a expectativa é de que a Ecorodovias volte a priorizar a eficiência operacional, a redução da dívida na holding e até a venda de ativos como parte da estratégia de reciclagem de capital.

Para o BTG, o risco do papel se tornou mais equilibrado com o novo acordo, e o retorno real implícito das ações é estimado em 11,2%. Isso pode tornar os papéis ainda mais atrativos para investidores que buscam ativos com fluxo de caixa previsível e potencial de valorização.

Apesar do tom positivo da análise, as ações da Ecorodovias não sustentaram o otimismo inicial. No começo do pregão desta sexta-feira (27), os papéis chegaram a subir quase 2%, mas inverteram a direção ao longo do dia. Um pouco antes do fim do pregão, às 17h (horário de Brasília), ECOR3 recuava 1,60%, cotada a R$ 7,36.



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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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