EDP (ENBR3): Por dividendos, é hora de comprar a ação?

Mesmo destacando a política de dividendos de um payout mínimo de 50% (do lucro líquido ajustado), o BTG Pactual manteve a recomendação neutra para as ações da elétrica EDP Energias do Brasil (ENBR3).

No ano passado, a empresa teve um payout de 75% e pagou um total de R$ 1,3 bilhão em proventos. O banco avalia que o potencial de alta das ações da companhia é limitado a R$ 24, ante o atual patamar de R$ 21.

A avaliação do BTG é a mesma da Genial Investimentos, por exemplo – que estabeleceu o mesmo preço-alvo, inclusive, em relatório de fevereiro, apesar de destacar que as distribuidoras estão em um bom momento e que a EDP seria um dos raros casos que consegue aliar crescimento e dividendos.

EDP: O que ficar de olho, segundo o BTG

A EDP reiterou o plano de vender três usinas hidrelétricas neste ano, segundo o BTG, em relatório de quarta-feira (20) assinado por Joao Pimentel e Gisele Gushiken.

“O objetivo é selecionar um ou dois compradores em potencial este mês, e a administração espera vender todas as três fábricas ou, na pior das hipóteses, pelo menos duas delas”, diz.

No ano passado, a empresa concluiu a estratégia de rotação de ativos no segmento de transmissão, com a venda de três linhas de transmissão em operação para a Actis e a compra da Celg-T (renomeada para EDP Goiás) e do bloco arrematado no leilão de transmissão de junho de 2021.

Dos R$ 11 bilhões do plano de investimentos da empresa até 2025, R$ 6 bilhões serão destinados à distribuição, segundo o BTG. A EDP planeja investir em projetos obrigatórios e manutenção, além de focar na redução de riscos e ganhos de eficiência.

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O plano de capex 2021-25 também abrange R$ 3 bilhões em geração de energia solar e R$ 1,8 bilhão em transmissão.

“Por meio de sua estratégia de reciclagem de capital, a empresa quer reduzir a exposição hídrica e aumentar a capacidade solar nos segmentos de energia distribuída e escala de utilidade, atingindo 1 GW de capacidade solar instalada até 2025”, destaca o BTG.

Os investimentos em projetos de escala de utilidade serão feitos em parceria com empresa irmã EDP ​​Renováveis, e o foco na geração distribuída será nas pequenas e médias empresas, lembra.

O banco afirma que a EDB investirá no fortalecimento e aprimoramento das linhas de transmissão da EDP Goiás e também pretende participar do leilão de transmissão de junho.

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