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Educação: Os destaques operacionais no 1T22 e o que esperar das empresas do setor

21 maio 2022, 10:00 - atualizado em 20 maio 2022, 11:16
educação
Segundo o BTG Pactual, ainda há muitos fatores contrários que afetam o setor de educação (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O setor de educação foi um dos que mais sofreram impactos negativos devido à pandemia. Agora, com a Covid-19 sob controle, os grupos educacionais puderam experimentar, após dois anos, o primeiro período com possibilidade de retorno das aulas 100% presenciais.

Contudo, segundo o BTG Pactual, “ainda há muitos fatores contrários que afetam os players educacionais”. São eles: ingressos médios pressionados, alta inflação de custos, despesas financeiras mais altas e renda disponível fraca.

A Genial Investimentos, da mesma forma, continua “cautelosa com o setor, que segue sofrendo com queda de preços e com uma situação financeira fraca das famílias”.

Confira o desempenho de algumas empresas no 1T22 e o que esperar delas este ano:

Yduqs (YDUQ3)

A companhia teve resultado em linha com a expectativa do mercado, e indica um movimento de retomada da empresa após os impactos da pandemia.

A Yduqs (YDUQ3) reportou lucro líquido de 76 milhões de reais no 1T22, alta de 75,9% sobre o desempenho de um ano antes, impulsionado por aumento de receita, que cresceu em ritmo superior aos de custos e despesas.

De modo geral, o resultado da empresa no período “indica que o pior já passou e, nos próximos trimestres, devemos ver resultados menos pressionados que nos últimos anos”, afirma Luis Assis, da Genial.

A corretora manteve sua recomendação de compra das ações e calcula o preço-alvo em R$ 22,00.

Segundo o BB Investimentos, os resultados da empresa foram positivos e indicam a importante retomada do ensino presencial, bem como a resiliência do segmento premium, “apesar do ambiente de negócios e o cenário para o setor continuar bastante desafiador”.

Apesar da avaliação, o banco mantém a recomendação dos papéis como neutra, com um preço-alvo de R$ 24,00 ao fim de 2022.

Ser Educacional (SEER3)

A companhia apresentou um trimestre fraco ao mercado, com um resultado ainda pressionado, conforme Samuel Alves e sua equipe de analistas do BTG.

A receita líquida da Ser Educacional (SEER3) cresceu 24% em comparação anual para R$ 380 milhões (em linha com o esperado pelo banco), enquanto a receita líquida orgânica totalizou R$ 324 milhões, crescendo apenas 6% ante 2021.

Enquanto isso, o prejuízo líquido contábil foi de R$ 18 milhões, contra lucro líquido do 1T21 de R$ 30 milhões, e refletindo maiores despesas financeiras líquidas.

O BTG permaneceu neutro em relação aos papéis da companhia, mas ainda cortou o preço-alvo das ações para o fim do ano para R$ 10,50, frente aos R$ 13,50 calculados anteriormente.

A XP Investimentos classificou os resultados como mistos, destacando o aumento da receita como principal ponto positivo, sustentado por tíquetes médios estáveis ​​e crescimento de volume orgânico e inorgânico.

A corretora ainda reforçou a recomendação de compra da empresa, com um preço-alvo de R$ 18,20.

Cogna (COGN3)

Cogna (COGN3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 55,29 milhões no primeiro trimestre, alta de 58,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar do resultado indicar um crescimento e recuperação da companhia, Rafael Barros, da XP, não vê sinais positivos suficientes para mudar a  visão cautelosa em relação às ações, e manteve uma recomendação neutra para o papel.

Segundo o relatório da XP, o preço-alvo da companhia foi mantido em R$ 3,1 após os dados do 1T22.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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