Eleições 2026

Eleições 2026: Ibovespa pode chegar a mais de 200 mil pontos, segundo Felipe Miranda, da Empiricus

18 dez 2025, 20:00 - atualizado em 18 dez 2025, 12:51
ibovespa bolsa barata
CEO da Empiricus aponta que rejeições de Lula e Bolsonaro pesaram mais do que as agendas políticas dos candidatos nas últimas eleições. (Imagem: iStock)

As vitórias de Bolsonaro, na eleição de 2018, e de Lula, em 2022, não foram propriamente graças às agendas dos políticos, na visão do CEO e estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda.

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Tem um erro de diagnóstico”, afirmou Miranda, em participação no podcast Irmãos Dias, explicitando que sua crítica não tem nada a ver com as urnas.

“A minha argumentação é que tinha duas agendas colocadas: a do PT, de um Estado com mais imposto, mais social-democrata e, do outro lado, uma agenda liberal do Paulo Guedes”, relembra.

Entretanto, o analista aponta que a escolha de voto parece ter levado pouco em conta as agendas políticas: “Quem ganhou a eleição de 2018 não foi o Bolsonaro, foi o antipetismo. Da mesma maneira, quem ganhou a eleição de 2022 não foi o Lula, foi o antibolsonarismo”.

O analista recorda que, em 2022, a vitória de Lula foi recebida inicialmente de forma positiva pela bolsa, com impacto da percepção estrangeira. “Lula fez ‘o gringo’ ganhar dinheiro entre 2003 e 2007.  A reação original [à eleição de Lula] foi positiva, de que viria um governo de frente ampla”, relembra.

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Porém, após três anos de Lula 3, o analista enxerga que a política fiscal “frouxa” e o “excesso de intervencionismo na economia” deixaram um saldo negativo em 2025 para a imagem do político perante o mercado financeiro. “Quem acreditou que Lula seria mais responsável fiscalmente se frustrou.”

Bolsa já está precificando as eleições?

Sobre as eleições presidenciais de 2026, Miranda enxerga que o evento ainda está pesando pouco sobre a bolsa de valores brasileira.

“Ela é uma força que está atuando sobre a bolsa, mas junto a várias forças, como o fluxo para emergentes, expectativas de queda de juros, [tributação de] dividendos, entre outros”, explica o analista.

Entretanto, a partir de abril do próximo ano, Miranda acredita que a chegada do período eleitoral “pode virar um ‘portal’, se houver certeza de uma política fiscal mais responsável em 2027”.

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Não é mistério que a Faria Lima simpatiza muito com um político para as próximas eleições: Tarcísio de Freitas.

Para o analista, se uma mudança no pêndulo político se concretizar, a expectativa é de uma política fiscal austera, com privatização, mudanças de regulação e posicionamento do Brasil na cadeia de suprimento global, entre outros.

“Se [a vitória da eleição] for à direita, é bolsa em 200.000 pontos para mais”, afirma Miranda.

Contudo, ele também mantém o posicionamento de que o investidor local não precisa temer tanto o resultado, visto que o investidor estrangeiro vê uma faixa mais estreita de diferença entre as possíveis candidaturas. 

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Tarcísio não vai levar o Brasil para ser a Noruega, e Lula não vai levar o Brasil para ser a Venezuela”, afirma Miranda no Irmãos Dias Podcast.

Virada da direita na América Latina

Ainda no programa, Miranda comenta que conseguir se reeleger parece estar ficando mais difícil. “Ter a máquina hoje é uma má notícia. O incumbente tem perdido no mundo”, afirma.

Além disso, olhando para o contexto mundial e, especificamente, a América Latina, lembra que países estão passando por um ciclo de retorno da direita no poder, como na Argentina, com Javier Milei, na Bolívia, com Rodrigo Paz, e, esta semana, no Chile, com Jose Antonio Kast.

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