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Elétrica recomenda mais R$ 237,7 mi em dividendos; no acumulado, pagamento pode somar R$ 1,14 por unit

05 mar 2024, 19:13 - atualizado em 05 mar 2024, 22:46
Luiz Coimbra
Questionado se o novo ciclo pode atrapalhar o pagamento de dividendos, Coimbra explica que os desembolsos começam a ser mais relevantes em 2026 (Imagem: Reprodução)

A Alupar (ALUP11) encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro regulatório de R$ 157,4 milhões, queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira.

O número ficou pouco abaixo das expectativas reunidas pela Bloomberg, que esperava lucro de R$ 159 milhões.

A receita somou R$ 787,5 milhões, alta de 3,6%, enquanto o Ebtida ficou em R$ 620,2 milhões.

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Resultados recordes em 2023

No ano, a empresa viu o lucro líquido regulatório bater recorde, a R$ 668 milhões, alta de 27,7% em relação aos R$ 522,9 milhões registrados no ano anterior.

Em entrevista ao Money Times, Luiz Coimbra, superintendente de relações com investidores da Alupar, afirmou que a alta foi puxada pela queda dos juros, já que grande parte da dívida da empresa é indexada ao IPCA, principal termômetro para a inflação, e CDI.

“Como a empresa tem uma dívida alta, essa melhora financeira impulsiona bastante o lucro”, discorre.

O Ebitda Regulatório (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 2,636 bilhões, elevação de 7%.

Alupar: Dividendos e investimentos

Coimbra destaca que a empresa entra em um novo ciclo de investimentos, com projetos que somam R$ 3,1 bi para uma receita de R$ 388 mi.

“É um marco para a companhia. O último projeto foi em 2017”, destaca.

Questionado se o novo ciclo pode atrapalhar o pagamento de dividendos, Coimbra explica que os desembolsos começam a ser mais relevantes em 2026.

“Eu gasto muito pouco de investimentos nesse ano e no ano que vem. Sem mexer no meu patamar de dividendos. Vamos manter. Tendo espaço, vamos pagar um pouco mais”, coloca.

Ainda segundo Coimbra, a empresa está mais preparada, enquanto o Ebitda duplicou nos últimos cinco anos. “Aquele cenário da empresa pagando R$ 200 mi em dividendos ficou para trás”, completa.

Dando prosseguimento a sua política, o conselho recomendou a distribuição de dividendos no montante de R$ 347,4 milhões (R$ 1,14 por Unit), equivalente a 55% do lucro líquido regulatório do exercício de 2023.

Desse total, R$ 109,7 milhões já foram desembolsados na forma de dividendos intercalares, correspondentes a R$ 0,36 por Unit.

O montante de R$ 237,7 milhões, equivalente a R$ 0,78 por unit, será pago em até 60 dias da deliberação da próxima assembleia-geral ordinária a ser realizada em 19 de abril de 2024.

O conselho também recomendou uma bonificação de ações aos seus acionistas, na proporção de 4 novas ações para cada 100 ações existentes.

Veja o resultado:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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