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Eletrobras (ELET3): Governo Lula e grandes acionistas podem se unir para indicar conselheiros

27 ago 2023, 12:53 - atualizado em 27 ago 2023, 12:54
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Privatização da Eletrobras (ELET3), no governo Bolsonaro, é criticada por Lula (Imagem: Alan Santos/Presidência da República)

Os principais acionistas da Eletrobras (ELET3) e o governo Lula buscam um acordo que pode culminar na indicação de nomes de consenso para o conselho de administração da companhia, que foi privatizada em junho de 2022 e teve seu capital pulverizado na Bolsa, numa operação que movimentou quase R$ 30 bilhões.

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Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, Lula indicou o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, como interlocutor do governo federal. A ideia é se articular com os principais acionistas para indicar nomes para três assentos do conselho da Eletrobras. Atualmente, o conselho é composto por oito membros, sendo presidido pelo consultor Vicente Falconi.

Apesar de deter 43% da companhia, a União possui apenas um assento no conselho. Se o acordo vingar, isso aumentaria a influência de Brasília para metade das cadeiras.

Mesmo após a privatização, o governo federal continua com uma importante participação acionária, detendo 42,6% das ações ordinárias, contando os 33,05% da União, 7,25% do BNDES, e 2,31% dos fundos públicos. O governo Lula, contudo, se ressente do fato de que a participação federal no conselho de administração não é proporcional a essa fatia de ações.

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De acordo com a Eletrobras, no fim de julho, o grupo de investimentos GIC, de Singapura, era o maior acionista privado, com 6,82% das ordinárias, seguido pelo Citibank, com 2,47%. Ainda segundo O Globo, a direção da elétrica vê espaço para algum acordo com Lula, que não esconde o desejo de reestatizar a companhia.

Eletrobras (ELET3): Lula vê “sacanagem” em privatização

Em maio, depois de entrar na Justiça para reverter pontos da privatização da Eletrobras (ELET3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou de “sacanagem” o fato da União ter 43% das ações da companhia, mas não ter a quantidade correspondente de votos na tomada de decisões da empresa.



“O governo tem 43% das ações da Eletrobras, mas no conselho só tem direito a um voto […] Então nós entramos na Justiça para que o governo tenha a quantidade de votos de acordo com a quantidade de ações”, disse o presidente em 11 de junho, durante discurso no lançamento das plenárias estaduais do Plano Plurianual Participativo (PPA), em Salvador.

Lula ainda disse, na mesma ocasião, que o governo vai “brigar muito” para que a União tenha maior poder de decisão na Eletrobras.

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Eletrobras (ELET3): Clima azedo no conselho

Enquanto a cúpula da empresa tenta uma trégua com Brasília, o mesmo não se pode dizer da relação entre o conselho de administração e o ex-CEO Wilson Ferreira, que renunciou ao cargo em meados de agosto. De acordo com O Globo, o clima andava tão ruim que, na sua última reunião antes de sair, os conselheiros vetaram sumariamente uma aquisição proposta por Ferreira.

Veja a distribuição acionária da Eletrobras no fim de julho.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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