Eletrobras (ELET6): UBS-BB faz alerta para dividendos no curto prazo; vale a compra?

Elétricas são boas pedidas para quem gosta de dividendos, especialmente quando estamos falando da maior companhia do setor na bolsa, a Eletrobras (ELET3).
Privatizada em 2022, ainda no Governo Bolsonaro, a companhia sempre foi vista por analistas como uma empresa que pode despejar bons proventos para os seus acionistas.
Mas para o UBS-BB, o investidor terá que ter um pouco de paciência. A corretora elevou o preço-alvo da empresa de R$ 53 para R$ 59, potencial de 30%, com recomendação de compra. Porém, não vê a companhia desembolsando bons retornos no curto prazo.
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Com a alavancagem se reduzindo de 4,8x (2025) para 2,9x (2029), a empresa pode voltar a distribuir dividendos mais robustos só partir de 2030.
De acordo com os analistas, se o endividamento for mantido estável a partir de 2030, a Eletrobras teria capacidade de pagar dividendos com yield de até 19,8%.
Do outro lado da balança, segundo o UBS, a companhia reduziu significativamente seus riscos desde a privatização (2022), com melhorias no balanço, venda de ativos não estratégicos, acordos judiciais e avanço na governança.
A Eletrobras completou três anos como uma empresa privada, com avanços operacionais e de gestão, como uma redução de 18% nos custos operacionais (PMSO), de 27% no número de funcionários e de mais de 13 bilhões em passivos de empréstimos compulsórios.
Contudo, aumentou o ritmo de investimentos de R$ 4,6 bi em 2021 para R$ 7,7 bilhões em 2024. Além disso, fechou um acordo que encerrou uma disputa com o atual governo.
O avanço dos números, porém, ainda não foi suficiente para destravar o valor de seus papéis nos níveis estimados à época.
Preço do energia apagado
Os analistas recordam que a companhia é altamente dependente dos preços de energia do longo prazo.
No curto prazo, com as divulgações do balanço energético da empresa, as projeções parecem um pouco mais fáceis de prever.
No entanto, a partir de 2028, há apenas informações sobre o mercado regulado (ACR), restando 13 GW de energia que o banco precisa assumir como vendidos no mercado.
No cenário-base, o UBS assume um preço de energia de R$ 187/MWh, alinhado ao custo marginal de expansão.
Com Agência Estado