Mercados

Eletrobras tem forte queda com rejeição de projeto que viabilizava privatização

17 out 2018, 11:00 - atualizado em 17 out 2018, 11:49
making of – filme – vertedouro, escultura canal da piracema. Foto: Caio Coronel/ Itaipu Binacional

Por Investing.com – Na abertura da sessão desta quarta-feira, as ações da Eletrobras (ELET3) operam em forte queda de 8,22% a R$ 20,21, depois de o Senado rejeitar ontem o projeto de lei que ajudaria na privatização das distribuidoras da estatal, principalmente da unidade do Amazonas, cujo leilão está previsto para 25 de outubro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para a Mirae Asset, em um primeiro momento, a notícia é negativa para a Eletrobras, que precisa se desfazer dessas distribuidoras, que no geral são deficitárias e precisam ser reestruturadas.

No entanto, por ser a fase final do governo Temer, a expectativa é que o próximo presidente eleito, junto com o novo congresso eleito, consiga se articular e devem levar novamente medidas para votação no Congresso.

Já na visão da Coinvalores, a rejeição do projeto também traz dúvidas quanto à conclusão da venda das outras quatro distribuidoras, que foram leiloadas no final de agosto. As ações da companhia devem reagir de forma negativa à novidade.

O Ministério do Planejamento afirmou que, se a venda das distribuidoras não ocorrer, “o caminho natural é a dissolução das companhias”, o que pode gerar custos bilionários para a Eletrobras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“No caso da dissolução da distribuidora de energia do Amazonas, o custo de liquidação que poderá ser suportado pela Eletrobras passa de R$ 13 bilhões, isto sem levar em consideração todos os passivos possíveis (não provisionados)”, afirmou o ministério.

A pasta afirmou ainda que o custo de liquidação da distribuidora no Amazonas, a mais deficitária das empresas, que acumula prejuízos bilionários, prejudicaria o processo de retomada da Eletrobras e sua capacidade de investimento no curto e médio prazos, podendo ainda trazer reflexos diretos ao caixa.

O ministério observou por fim que uma liquidação, além de não garantir a manutenção dos empregos e da atividade produtiva, coloca em risco a prestação dos serviços públicos.

Mais cedo, o senador amazonense Eduardo Braga (MDB), que se opõe à venda das distribuidoras, observou que a rejeição do projeto de lei cria incertezas para a desestatização das concessionárias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o parlamentar, que já comandou o Ministério de Minas e Energia, o Senado acertou ao rejeitar a proposta por 34 votos a 18 e uma abstenção. O texto será arquivado, deixando para o próximo governo a prerrogativa de definir como tratar do tema.

Com Reuters.

Compartilhar

investing@moneytimes.com.br