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Elon Musk elogia a Netflix (NFLX) por pedir aos funcionários que se demitissem; entenda

17 maio 2022, 12:52 - atualizado em 17 maio 2022, 12:52
Netflix e Elon Musk
As diretrizes de cultura da Netflix dizem que a equipe deve trabalhar em conteúdo que considere prejudicial (Imagem: Shutterstock/Elliott Cowand Jr)

Elon Musk elogiou a Netflix (NFLX) por suas novas diretrizes de cultura da empresa. A plataforma disse no documento que pode não ser o melhor lugar para funcionários que não podem trabalhar em conteúdo com o qual podem discordar ou considerar prejudicial.

Em resposta a um tuite sobre as diretrizes, Musk disse que foi uma “boa jogada” da Netflix.

A plataforma de streaming atualizou recentemente suas diretrizes de cultura da empresa pela primeira vez desde 2017 para incluir uma nova seção intitulada “expressão artística”.

“Nem todo mundo vai gostar de – ou concordar com – tudo em nosso serviço”, dizem as diretrizes, acrescentando: “Deixamos os espectadores decidirem o que é apropriado para eles, em vez de a Netflix censurar artistas ou vozes específicas”.

Quem não gostar pode ir embora

A companhia defende que os funcionários podem pedir demissão se não quiserem trabalhar em conteúdo com o qual discordam.

“Como funcionários, apoiamos o princípio de que a Netflix oferece uma diversidade de histórias, mesmo que encontremos alguns títulos contrários aos nossos próprios valores pessoais”, continuam as diretrizes.

“Dependendo de sua função, você pode precisar trabalhar em títulos que considera prejudiciais. Se você achar difícil oferecer suporte a nossa amplitude de conteúdo, a Netflix pode não ser o melhor lugar para você”, acrescenta o documento.

A mudança de política da empresa ocorreu depois que a plataforma sofreu uma perda trimestral recorde de assinantes que ela atribuiu ao aumento da concorrência, compartilhamento de senhas e outros fatores, incluindo a inflação e a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Onde entra Elon Musk nessa história toda?

Elon Musk anteriormente culpou a perda de assinantes da plataforma por estar “acordada”, escrevendo no Twitter (TWTR): “O vírus da mente desperta está tornando a Netflix inacessível”.

Não é claro exatamente a que conteúdo o bilionário e CEO da Tesla (TSLA) e da SpaceX estava se referindo, mas ele disse em um tuite que: “Eles podem, por favor, apenas fazer ficção científica / fantasia pelo menos * principalmente * sobre ficção científica / fantasia?”

Fã ou hater? Não dá para saber, mas o homem mais rico do mundo, além de tentar comprar o Twitter gosta de usar a rede para dividir as suas opiniões sobre diversas coisas, isso é claro.

Por isso também, as opiniões de Musk sobre moderação de conteúdo estão sob crescente debate desde que ele anunciou, no mês passado, que planejava comprar a rede social do passarinho azul em um acordo de US$ 44 bilhões e sinalizou planos para afrouxar a moderação de conteúdo no Twitter.

Funcionários da Netflix não estão contentes

Alguns funcionários da Netflix criticaram publicamente a empresa em outubro por exibir um especial no qual o comediante Dave Chappelle fez comentários inflamados sobre pessoas transgênero. O especial não foi retirado da plataforma apesar dos protestos.

Na época, uma funcionária da empresa tuitou: “Eu não esperava que meu trabalho incluísse apoiar a plataforma de discurso de ódio quando acordei hoje, mas aqui estamos”.

As novas diretrizes segue um trimestre tumultuado para a gigante do mercado de streaming. Além da perda histórica de assinantes, houve uma rodada inesperada de demissões principalmente das áreas criativas.

A Netflix vem discutindo questões culturais dentro da empresa nos últimos 18 meses, disse um porta-voz ao The Wall Street Journal.

A recente atualização do site visa ajudar os possíveis funcionários a “tomar decisões melhores e mais informadas sobre se a Netflix é a empresa certa para eles”, disse o porta-voz.

*Com informações do Business Insider

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Estagiária
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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