Em acordo com credores, Casas Bahia (BHIA3) converte dívidas e reduz alavancagem pela metade

A Casas Bahia (BHIA3) concluiu negociação com credores para converter parte de sua dívida em ações, movimento que vai reduzir a alavancagem da empresa, segundo fato relevante divulgado ao mercado na noite de quinta-feira (5).
No balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da varejista, a dívida bruta era de R$ 4,4 bilhões e alavancagem de 1,6 vezes. No período, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 408 milhões, acima das estimativas de analistas.
Vale lembrar que a alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.
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De acordo com comunicado, a companhia vai converter em ações toda a série 2 de sua 10ª emissão de debêntures, que chega em R$ 1,56 bilhão. Bradesco e Banco do Brasil, detentores desses papéis, vão vender para outro player financeiro não revelado. A conversão é realizada pela média de 90 dias com 20% de desconto.
O novo detentor das debêntures se comprometeu com um lockup gradativo de 16 meses, com a possibilidade de vender até 10% da posição no primeiro trimestre, mais 15% no segundo e assim por diante. A Casas Bahia também conseguiu melhorar os prazos da série 1 das debêntures, que soma R$ 1,6 bilhão na negociação.
Após este movimento, a dívida bruta vai cair para R$ 2,9 bi, e a alavancagem para 0,8 vezes.