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Em algum lugar do futuro: números mostram que a China poderá abalar o mercado do café, como fez com a carne

23 jan 2023, 10:12 - atualizado em 23 jan 2023, 10:12
Café
China deverá causar terremoto no mercado do café com a demanda disparando a cada ano (Imagem: Pixabay/mammela)

A China disparou nas importações de carne bovina brasileira por uma mistura de mudanças de hábitos de consumo e por forte prejuízo na sua produção de suínos. O café começa a seguir a trilha do primeiro caso, pelo menos, na disputa com o tradicional chá asiático, e num crescendo que pode abalar o balanço de oferta e demanda mundial em pouco tempo.

O que o país asiático aspira do mundo promove um terremoto nos preços que se valorizam, dados os volumes para saciar o gigante. Foi assim também com a soja.

Especificamente com a carne de boi, a ascensão da classe média direcionou mais apetite por carnes diversas e, na sequência, a partir de 2018, quando a peste suína africana (PSA) derrubou a oferta de proteína de porco, consolidou a nação no topo das exportações brasileiras.

A vantagem que o Brasil pode levar em relação ao café, na comparação com a proteína de boi e com a oleaginosa, é que pode vender mais sem depender demasiadamente, uma vez que o grão da bebida já é muito disputado por outros países, como os Estados Unidos, na Europa e Japão.

Além de ser um contrapeso considerável, tanto quando a China se ausenta do mercado, como quando pressiona por preços menores, também deverá ser fator altista com tantos canais de demanda.

De traz para frente, temos os chineses abocanhando 414,8 mil sacas do produto em 2022, já figurando na 20ª posição no ranking dos importadores.

Em 2021, foram 333,6 mil, enquanto em 2020 pouco mais de 202 mil sacas.

Ainda baseados em estatísticas que o Cecafé compilou do governo, no ano passado o Brasil exportou um total de 39,3 milhões de sacas de 60 quilos.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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