Política

Em “carona” da aprovação do Fundeb, Bolsonaro comemora o que considera vitória do governo

22 jul 2020, 20:24 - atualizado em 22 jul 2020, 20:24
Jair Bolsonaro
Bolsonaro destacou a aprovação da PEC com a elevação do repasse da União ao fundo para 23% (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta quarta-feira, em conversa com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, o que considerou ser uma vitória do governo na aprovação pela Câmara dos Deputados na véspera da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna permanente o Fundeb, o fundo de financiamento da educação básica no país.

Em sua fala, transmitida por redes sociais, Bolsonaro destacou a aprovação da PEC com a elevação do repasse da União ao fundo para 23% –medida que ocorrerá em seis anos.

“Negociação que levou anos… então foi negociado e passou para 23% em comum acordo. A Câmara e o Executivo mostrou (sic) responsabilidade na aprovação do Fundeb no dia de ontem”, disse.

Apesar de o presidente comemorar a aprovação da proposta como uma vitória da sua administração, o governo não se empenhou ao longo de um ano e meio de gestão para discutir o Fundeb com o Congresso, e às vésperas da votação, a equipe econômica chegou a sugerir utilizar parte dos recursos do fundo para programa de transferência de renda.

Brasília Congresso Planalto
O governo não se empenhou ao longo de um ano e meio de gestão para discutir o Fundeb com o Congresso (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Executivo, contudo, recuou dessa intenção e preferiu apoiar o Fundeb, com elevação do repasse ao fundo.

A apoiadores, Bolsonaro disse esperar que o Senado siga o “mesmo caminho” da Câmara. Ele aproveitou a fala para criticar o PT que, segundo ele, em 14 anos no poder “não fez nada”.

“Além de fazer besteira com dinheiro público, não fizeram nada. Nós estamos fazendo e eles reclamam o tempo todo”, provocou.

Diante do fato de que sete deputados bolsonaristas votaram contra a proposta, o presidente afirmou que os “seis ou sete” que rejeitaram a proposta não eram a sua bancada e que era preciso perguntar a cada um deles as razões do voto.

“Minha bancada é bem maior que isso aí”, declarou, provavelmente referindo-se aos novos aliados, parlamentares de partidos do centrão.

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