Internacional

Em novo ataque ao Fed, Trump diz que juros deveriam estar de dois a três pontos percentuais mais baixos

24 jun 2025, 4:53 - atualizado em 24 jun 2025, 3:51
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington 30/05/2025 REUTERS/Nathan Howard
Trump sugere que o Fed baixe os juros e suba depois se precisar (REUTERS/Nathan Howard)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que as taxas de juros americanas deveriam estar pelo menos de dois a três pontos percentuais mais baixas e que o Federal Reserve poderia aumentá-las novamente caso a situação econômica piorasse.

“Deveríamos estar pelo menos dois a três pontos mais baixos. Se as coisas mudarem para o negativo depois, aumentem a taxa”, escreveu Trump em uma postagem na sua rede social Truth Social.

Na última semana o Fed manteve a taxa de juros americana no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano pela quarta reunião seguida. Apesar de a manutenção já ser esperada amplamente pelo mercado, Trump se voltou contra o presidente do banco Jerome Powell.

“Eu tento de todo jeito. Sou desagradável. Sou simpático. Nada funciona. Ele [Powell] é simplesmente uma pessoa estúpida”, disse Trump em um evento na Casa Branca.

Na mesma ocasião, o presidente republicano se colocou como candidato à sucessão de Powell, que tem mandato at~e maio de 2026.

“Talvez eu devesse ir para o Fed. Eu posso me nomear?”, indagou Trump.

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Manutenção dos juros

Jerome Powell atribuiu a decisão em manter os juros ao compasso de espera na política monetária à incerteza gerada pelas tarifas impostas pelo próprio presidente Donald Trump. Ele afirmou que os efeitos das tarifas começaram a aparecer e podem ter impacto maior tanto na inflação quanto na atividade econômica.

“Leva algum tempo para que as tarifas atinjam a cadeia de distribuição até o consumidor final. Vemos aumentos de preços em algumas categorias relevantes, como computadores pessoais e equipamentos audiovisuais, que são atribuíveis aos aumentos de tarifas”, disse.

Com informações Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br