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Embraer (EMBJ3) descarta dividendos extras, mas CEO sinaliza “afago” aos acionistas; veja os destaques da teleconferência do 3T25

04 nov 2025, 11:06 - atualizado em 04 nov 2025, 11:46
Embraer
Embraer (EMBJ3) descarta dividendos extras e avalia recompra de ações, diz CEO (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

Os acionistas da Embraer (EMBR3) não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais neste momento. A sinalização foi dada pelo CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, durante teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira (4).

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Ao ser questionado sobre a remuneração aos investidores, o executivo destacou que a empresa ainda estuda as possibilidades, mas que não vê espaço para distribuir valores extras agora.

“Ainda não temos uma opinião de como vamos seguir. Não vejo dividendos adicionais neste momento. Estamos pagando 25%, que já é bastante. A recompra de ações é algo que está na mesa para discutirmos”, afirmou.

O tema voltou à pauta após o balanço da Embraer mencionar a possibilidade de pagamentos adicionais, condicionados à análise trimestral de potenciais benefícios fiscais ligados a Juros sobre Capital Próprio (JCP).

O CFO da companhia, Antonio Carlos Garcia, também reforçou que o montante de dividendos poderá ser ajustado para atender ao mínimo legal de 25%, conforme determina a Lei das S.A., mas sem ultrapassar esse limite.

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Impacto das tarifas de Trump

Durante a apresentação, os executivos também comentaram sobre as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, classificando-as como prejudiciais para a operação da companhia.

Segundo Neto, as tarifas impactam a empresa em dois principais pontos:

  • Peças exportadas aos EUA, que se tornam mais caras e menos competitivas;
  • Aviões comerciais, cujo preço final sobe, reduzindo o apetite das companhias aéreas por novas encomendas.

O CEO destacou, no entanto, que a negociação entre os governos brasileiro e norte-americano vem avançando, o que pode levar à redução ou eliminação das taxações.

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“A negociação ocorre entre os dois governos, a empresa não participa diretamente, mas eu diria que está indo bem. Uma vez fechado o acordo, as chances de as tarifas voltarem a 0% são muito boas, como vimos em outros países”, disse.

Garcia ainda acrescentou que a empresa espera um impacto relevante nas margens do quarto trimestre (4T25), mas disse que o efeito pode ser menor do que o previsto inicialmente.

Foco em crescimento e tecnologia

Ao falarem sobre expansão, os executivos afirmaram que a empresa continua investindo em tecnologia e pesquisa, embora ainda não tenha definido uma direção.

“Temos um portfólio moderno e competitivo. Seguimos focados em vendas e crescimento importante nos próximos cinco anos, mas também pensamos além desse horizonte. Estamos investindo em novas tecnologias para a Embraer estar preparada para o futuro”, afirmou o CEO.

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“Podem ser, por exemplo, aviões comerciais maiores ou menores. Ainda não temos uma definição do rumo que vamos seguir”, completou.

Estimativas para o restante do ano

A Embraer também reiterou suas projeções para 2025. Na perspectiva operacional, a Aviação Comercial estima entregar entre 77 e 85 aeronaves, e a Aviação Executiva, entre 145 e 155 aeronaves.

Já do lado financeiro, a fabricante coloca a receita na faixa de US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3%, e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou maior para o ano.

No terceiro trimestre (3T25), a companhia reportou um lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões, queda de 76,4% frente ao mesmo período de 2024, quando havia lucrado R$ 1,22 bilhão.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
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