Embraer (EMBR3) é top pick do Itaú BBA; veja as razões para comprar

Após o resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25) da Embraer (EMBR3), o Itaú BBA atualizou as estimativas para a companhia, reiterando a classificação outperform — equivalente à compra.
No início deste semana, a companhia reportou um lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25). O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, cresceu para R$ 1,39 bilhão, ante R$ 995,5 milhões no segundo trimestre do ano anterior.
A margem Ebitda ajustada atingiu 13,5% no segundo trimestre deste ano, uma alta ante os 12,7% do ano anterior.
O Ebit (lucros antes de juros e impostos) ajustado da Embraer totalizou R$ 1,08 bilhão, frente os R$ 725,5 milhões do mesmo período do ano anterior. A margem Ebit ficou em 10,6%.
O BBA tem a fabricante de aeronaves brasileira como top pick, juntamente com Marcopolo. A visão positiva da equipe de analistas liderada por Daniel Gasparete é sustentada por cinco fatores:
- Forte momento comercial, principalmente nas divisões comercial e de defesa;
- Espaço para revisão positiva do consenso;
- Potencial redução de tarifas para 0%;
- Testes de voo da EVE em dezembro deste ano;
- Retorno atraente com assimetria positiva.
Após os resultados, os analistas elevaram as projeções de Ebit para 2025 e 2026 em 9% e 6%, respectivamente. As projeções da Itaú BBA estão 5% e 6% acima do consenso.
Os analistas elevam ainda o preço-alvo para a ADR da companhia, ERJ, de US$ 62 para US$ 69.
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Ainda há potencial em Embraer
O Itaú aponta os resultados reportados pela Embraer como “impressionantes” e acredita que deveriam ter desencadeado uma reação positiva do mercado.
“No entanto, o desempenho negativo das ações (ERJ caiu 2%) surpreendeu a maioria dos investidores, gerando muito debate. Nossa impressão, em cruzamento com nossa mesa de operações, é que esse evento foi principalmente impulsionado por fundos quantitativos que provavelmente negociaram com base no resultado líquido abaixo do esperado”, colocam os analistas.
Isso porque, inicialmente, a Embraer divulgou um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões. No entanto, a fabricante corrigiu um erro contábil que impactava diretamente a linha de lucro/prejuízo líquido, passando o resultado para um lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões.
“No entanto, conforme republicado pela Embraer na noite de terça-feira (6), o lucro real foi de US$ 119 milhões devido a um recálculo do lucro líquido ajustado (implicando uma superação de 80% em relação ao mercado). Mais importante, isso significa que o potencial de alta ainda existe, e acreditamos que a ação deveria refletir isso”, coloca o Itaú BBA.
A ação da ERJ subiu 50% no acumulado do ano e 20% desde que o governo dos Estados Unidos retirou aeronaves da tarifa adicional de 40% na semana passada.
“No entanto, ainda a consideramos subvalorizada e com uma assimetria positiva”, dizem os analistas.