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Embraer (EMBR3) ficou cara? Por que a XP rebaixou a recomendação

22 maio 2024, 17:05 - atualizado em 22 maio 2024, 17:07
embraer xp investimentos rebaixa recomendação neutra
Valuation assimétrico é apontado como a causa para recomendação “neutra” para ações da Embraer (Imagem: Paulo Whitaker/REUTERS)

A XP Investimentos, em relatório assinado por Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, rebaixou para “neutro” a recomendação para ações da Embraer (EMBR3).

O relatório afirma que o fator principal para o rebaixamento é a visão do valuation mais assimétrico, apesar do que a XP considera como uma performance estelar das ações da empresa, com valorização anual de 79%.

Os analistas apostam em um múltiplo EV/Ebitda de 6.0-6.5x, ante os atuais 7.6x da Embraer.

A XP afirma que o expansivo crescimento das ações EMBR3 é ocasionado pelo melhor impulso de novos pedidos, refletindo a sólida demanda do mercado e expectativa de geração de crescimento no Fluxo de Caixa de Financiamento (FCF) da empresa.

“Reiteramos a aviação comercial como o maior fator para crescimento futuro, como uma opção de valor plausível se a Embraer adicionar com sucesso (e consistentemente) novos pedidos ao seu backlog”, afirma o relatório.

Os analistas acreditam que agora é a hora para que a empresa de aviação consiga colher os bons frutos da alocação de capital intensiva do passado, com o ROIC (retorno sobre o capital investido) passando para 12,3% em 2030E.

XP ainda tem expectativas positivas para Embraer

Apesar da assimetria no valuation, o que motivou o rebaixamento nos papéis da empresa, os analistas esperam boas notícias, como:

  • registro de crescimento de vendas de dois dígitos em 2024-25E, com frutos na melhoria do backlog;
  • que o melhor ambiente operacional se traduza em um perfil consistente de geração de fluxo de caixa livre nos próximos anos.

Entretanto, há comparações com outros concorrentes da empresa, levando em consideração principalmente o valuation.

“Notamos que a Embraer tem crescimento ligeiramente menor que a média de seus pares, além de menores retornos e maiores custos de capital”, afirmam os analistas.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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