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Embraer (EMBJ3) tem novos produtos no radar, mas CEO enfatiza disciplina financeira

05 nov 2025, 15:48 - atualizado em 05 nov 2025, 15:59
embraer
(Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

A Embraer (EMBJ3) está estudando novos produtos que poderiam impulsionar o crescimento de longo prazo, mas precisam ser considerados à luz das finanças da empresa, disse o presidente-executivo da fabricante brasileira de aeronaves, Francisco Gomes Neto, em entrevista à Reuters.

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Nos últimos anos, a empresa tem sido frequentemente associada ao desenvolvimento potencial de aeronaves comerciais maiores para competir diretamente com a Boeing e a Airbus, mas Gomes Neto observou que também há demanda por jatos executivos maiores.

“A gente está olhando, nossos times de inteligência de mercado, de engenharia, estão estudando todas as alternativas. Em algum momento a gente vai escolher que caminho que nós vamos”, disse ele em entrevista na terça-feira (4).

Custos para desenvolvimento de novos modelos

Novos modelos de aviões normalmente exigem bilhões de dólares em despesas de capital e levam anos para entrar no mercado. Embora os níveis de endividamento da Embraer estejam sob controle, fabricantes de jatos têm um histórico de dificuldades financeiras ligadas ao lançamento de novos produtos.

A Embraer se concentra no segmento comercial regional de 70 a 140 passageiros. Sua família E2 compete com o A220 da Airbus, mas está abaixo do mercado principal de aeronaves com mais de 150 assentos, dominado pela Airbus e pela Boeing.

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No mercado de jatos executivos, a empresa compete nas categorias de muito leve a supermédio porte, com seu maior modelo, o Praetor 600, acomodando até 12 passageiros, enquanto empresas como a Dassault oferecem aeronaves maiores.

Projetos futuros, disse Gomes Neto, dependem “do produto que a gente imagina que a gente vai conseguir desenvolver, a estratégia de funding que não coloque em risco a capacidade financeira da companhia, e os clientes.”

“Nos próximos anos a gente vai concentrar isso, investir em nova tecnologia e amadurecer esses estudos de qual ou quais seriam os novos produtos da Embraer para o futuro”, acrescentou. “A gente não tem um prazo para decidir isso”.

A fabricante de aviões espera atingir US$ 10 bilhões em receitas anuais até 2030 e tem desfrutado de uma forte demanda por seu portfólio, com suas ações mais do que quadruplicando de valor desde o final de 2023.

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Embraer enfrenta obstáculos na cadeia de suprimentos

O executivo pontuou que a Embraer garantiu as peças necessárias para a montagem das aeronaves que pretende entregar até o final do ano, mas muitas chegaram com atraso, o que significa que as entregas se concentrarão no quarto trimestre.

Nos últimos anos, o setor tem enfrentado gargalos na cadeia de suprimentos que afetaram os planos de produção e atrasaram as entregas.

“O ano que vem ainda vai ser um ano com alguns desafios na cadeia de suprimentos. Em média ela está melhorando. A gente ainda tem algumas peças específicas que ainda o ano que vem vai ser difícil”, disse.

Gomes Neto afirmou que os atrasos anteriores e outros problemas com os motores Pratt & Whitney, da RTX, que equipam a família E2 foram “praticamente resolvidos”.

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“A gente este ano não teve problemas de recebimento de motores GTF para montagem dos aviões, e não estamos antecipando problema para o ano que vem também”, afirmou.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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