Embraer (EMBR3): O que está por trás do salto de 6% das ações nesta segunda-feira (16)?

Ações da Embraer operam na ponta positiva do Ibovespa no pregão desta segunda-feira (16) (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

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As ações da Embraer (EMBR3) performam na ponta positiva do Ibovespa (IBOV) no pregão desta segunda-feira (16), reagindo ao anúncio de que Portugal decidiu comprar um sexto cargueiro KC-390 da fabricante brasileira, em uma negociação que incluiu uma pretensão de inclusão de 10 opções de compra da aeronave pelo governo português.

Somado a isso, a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, assinou o primeiro acordo vinculativo com a Revo, uma operacional de Mobilidade Aérea Urbana, para a compra de até 50 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL) por aproximadamente US$ 250 milhões, com a primeira entrega prevista para o quarto trimestre de 2027.

Por volta de 13h48 (horário de Brasília), as ações da Embraer subiam 6,08%, a R$ 70,48. Acompanhe o tempo real.

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Os efeitos positivos para a Embraer

Na avaliação dos analistas André Ferreira, do Bradesco BBI, e Wellington Lourenço, da Ágora Investimentos, ambas notícias são positivas para a Embraer. Os analistas comentam que o novo pedido de Portugal reforça a presença da aeronave KC-390 entre os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

“Com base no preço unitário médio de seus últimos pedidos, o pedido da unidade adicional pode somar de US$ 120 milhões a US$ 240 milhões à sua carteira de pedidos consolidada (0,5% a 1% da carteira de pedidos consolidada da empresa, ou 3% a 6% da carteira de pedidos de Defesa e Segurança)”, ponderam.

As opções para mais 10 aeronaves são destinadas a potenciais novos países que queiram aderir ao pedido e podem abrir caminho para que a Embraer receba novos pedidos da aeronave KC-390 de outros membros da Otan ou de países europeus, dizem os analistas.

A potencial execução das 10 opções de compra pode aumentar a carteira de pedidos total da companhia em mais 4,5% a 9,0%.

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Por fim, sobre o acordo vinculativo da Eve, os analistas destacam que se trata do primeiro desse tipo para a empresa e adiciona US$ 250 milhões à carteira de pedidos, sendo que a Eve já possuía um valor contábil de pré-encomendas de aproximadamente US$ 14 bilhões.

“O acordo vinculativo pode resultar em um pagamento inicial antecipado (PDP), o que pode ajudar a continuar financiando o desenvolvimento da Eve. Vale ressaltar que a venda também ajuda a reduzir os riscos do cronograma da Eve para realizar o lançamento até 2027”, dizem os analistas do BBI e Ágora.

Os analistas mantêm recomendação de compra e preço-alvo de R$ 90,00 para a Embraer ao final de 2025.