Internacional

Empossado pela 2ª vez, Trump diz que foi ‘salvo por Deus’ para resgatar os Estados Unidos

20 jan 2025, 16:34 - atualizado em 20 jan 2025, 16:34
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(Imagem: SAUL LOEB/Pool via REUTERS)

Donald Trump prometeu, em seu discurso de posse nesta segunda-feira (20), resgatar os Estados Unidos do que descreveu como anos de traição e declínio, priorizando a repressão à imigração ilegal e apresentando-se como um salvador nacional escolhido por Deus.

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“Primeiro, vou declarar uma emergência nacional em nossa fronteira sul”, disse. “Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e começaremos o processo de devolver milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram.”

O discurso ecoou muitos dos temas abordados por ele em sua primeira posse, em 2017, quando falou de forma sombria sobre a “carnificina norte-americana” de crimes e perdas de empregos que, segundo ele, devastavam o país.

Trump, de 78 anos, fez o juramento de posse para “preservar, proteger e defender” a Constituição dos EUA às 12h01, horário da costa leste (14h01 em Brasília) no Capitólio dos EUA, administrado pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts. Seu vice-presidente, JD Vance, prestou juramento pouco antes.

Trump será o primeiro criminoso condenado a ocupar a Casa Branca após um júri de Nova York o considerar culpado de falsificar registros comerciais para encobrir um pagamento pelo silêncio de uma estrela pornô.

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Agora empossado, o presidente pretende assinar uma série de decretos em suas primeiras horas de mandato, disseram as novas autoridades da Casa Branca nesta segunda-feira, incluindo 10 ações voltadas para a segurança das fronteiras e a imigração, sua prioridade.

Além de declarar emergência, o presidente enviará tropas armadas para a fronteira e retomará uma política que obriga os solicitantes de asilo a esperar no México por suas datas de julgamento nos EUA, disseram autoridades a jornalistas.

Ele também tentará acabar com a chamada cidadania de direito de nascença para crianças nascidas nos EUA cujos pais não têm status legal, medida que, para alguns juristas, seria inconstitucional.

A posse completa o retorno triunfante de um disruptor político que sobreviveu a dois julgamentos de impeachment, uma condenação por crime, duas tentativas de assassinato e um indiciamento por tentar anular sua derrota nas eleições de 2020.

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“A jornada para recuperar nossa república não tem sido fácil, isso eu posso dizer”, disse Trump, antes de se referir à bala que atingiu sua orelha em julho. “Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente.”

A cerimônia foi transferida para dentro do Capitólio devido ao frio, quatro anos após uma multidão de apoiadores de Trump invadir o edifício, um símbolo da democracia norte-americana, em uma tentativa sem sucesso de evitar a derrota do republicano para o democrata Joe Biden, de 82 anos.

Biden e a vice-presidente Kamala Harris, que perdeu para Trump em novembro do ano passado, estavam presentes na Rotunda do Capitólio, ao lado dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton. A ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, que perdeu para Trump em 2016, chegou com o marido, Bill, mas a esposa de Obama, Michelle, preferiu não comparecer.

Vários executivos de tecnologia que têm tentado obter favores do novo governo — incluindo três dos homens mais ricos do mundo: o presidente-executivo da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, o presidente-executivo da Amazon, Jeff Bezos, e o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg — tiveram assentos de destaque, perto de indicados para o gabinete e membros da família de Trump.

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Primeiro presidente dos EUA desde o século 19 a conseguir um segundo mandato depois de perder a Casa Branca, Trump afirmou que perdoaria “no primeiro dia” muitas das mais de 1.500 pessoas acusadas de conexão com o ataque de 6 de janeiro de 2021. Na época, ele não compareceu à posse de Biden e continuou a alegar falsamente que a eleição de 2020, na qual perdeu para Biden, foi fraudada.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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