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Empresas de plano de saúde entram em “guerra” para não perder clientes

20 ago 2020, 15:42 - atualizado em 20 ago 2020, 15:42
Saúde
Para a Guide, com a demanda voltando ao normal, os preços devem sentir maior pressão no médio prazo (Imagem: Pixabay)

As empresas de plano de saúde, como Bradesco Saúde, Hapvida (HAPV3), NotreDame Intermédica (GNDI3) e SulAmérica (SULA11), estão entrando em “guerra”para não perder clientes, de acordo com a avaliação da Guide Investimentos.

Para entender a briga é simples: devido a pandemia do coronavírus, os procedimentos médicos eletivos que foram cancelados ou adiados, causaram grande queda no uso dos planos de saúde. Consequentemente, as empresas tiveram de pagar valores menores e obtiveram alta no lucro no trimestre, de acordo com a corretora.

A Notredame dobrou o seu lucro no trimestre, atingindo R$ 223,4 milhões, a Hapvida obteve crescimento de 25% no valor, atingindo R$ 278,6 e a SulAmérica quase multiplicou por dois o seu lucro, com R$ 498,3 milhões.

Agora, com a volta dos procedimentos como consultas e exames em 90% dos níveis pré-pandemia, esses indicadores não conseguiram manter os mesmos níveis, o que preocupa as empresas.

Para não perder os clientes, essas operadoras estão em guerra para trazer os preços mais atrativos para os seus clientes, decidindo não realizar reajustes nos valores. No entanto, na visão da Guide, esse reajuste mais acessível não deve ser comemorado por tanto tempo.

Para a Guide, com a demanda voltando ao normal, os preços devem sentir maior pressão no médio prazo.

Jornalista | Analista de Marketing
vitoria.fernandes@moneytimes.com.br