Empresas de serviços financeiros já geram lucros em 92% dos casos de uso de Inteligência Artificial (IA), diz estudo da KPMG

A inteligência artificial (IA) é a nova fronteira da tecnologia, ainda que suas aplicações sejam bastante dispersas e, às vezes, pouco claras ou objetivas. Ainda assim, 92% das empresas globais de serviços financeiros já estão conseguindo gerar lucros com ela.
Os números são da KPMG Global Tech Report: Financial Services Insights, com recorte dos dados do setor financeiro. Ainda que o número seja bastante alto, apenas um terço delas (32%) estão gerando retornos em larga escala.
Ao mesmo tempo, 75% dos executivos do setor afirmam que a clareza regulatória é um limitante para investimentos maiores no segmento de IA.
“As empresas de serviços financeiros buscam cada vez mais modernizar seus sistemas para melhorar a experiência do cliente, seja eliminando as complexidades desnecessárias, melhorando a oferta com produtos e serviços mais apropriados a cada cliente ou mesmo reduzindo os custos”, afirma Cláudio Sertório, sócio-líder de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil.
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Dados da pesquisa sobre Inteligência Artificial (IA)
A pesquisa da KPMG também revelou que o uso mais abrangente de IA não passa apenas por gargalos regulatórios, mas também por problemas internos das companhias.
Assim, o levantamento aponta que 58% dos executivos admitem que falhas em seus sistemas básicos de tecnologia da informação (TI) corporativos interrompem o funcionamento normal dos negócios semanalmente.
“Essa modernização tecnológica traz como principal benefício a redução de custos. Quase um terço dos entrevistados afirma que as plataformas de nuvem pública ou tecnologias XaaS [Anything as a Service] ajudaram a reduzir o custo da dívida tecnológica e o custo total de propriedade”, finaliza Sertório.
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Porém, houve um aumento na implementação de plataformas baseadas em nuvem que podem ajudar a simplificar as infraestruturas digitais, com 82% das organizações priorizando o investimento em XaaS em 2024.
A pesquisa contou com respondentes de mais de 20 países, sendo 25% das Américas, 38% da Europa, Oriente Médio e África e 36% da Ásia e Pacífico, baseado nas respostas de 612 líderes do setor de serviços financeiros.
Os entrevistados representavam organizações com receitas anuais acima de US$ 1 bilhão e incluíam um grupo diversificado de líderes de tecnologia, como diretores digitais, CIOs, CTOs, CISOs, diretores de IA entre outros.