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Empresas de vestuário vão aproveitar boa fase do setor em 2021; veja quem se sairá melhor

10 dez 2020, 12:17 - atualizado em 10 dez 2020, 12:17
Animale Soma
O Grupo Soma é visto pela XP Investimentos como a companhia melhor posicionada para consolidar a indústria de moda (Imagem: Divulgação/Animale)

O setor de vestuário e joias deve ser um dos maiores beneficiários da recuperação econômica em 2021, na avaliação da XP Investimentos. As empresas de moda foram severamente impactadas pela pandemia do coronavírus, mas devem se beneficiar da volta à normalidade e da demanda reprimida por roupas e acessórios.

A XP acredita que o setor terá um ano positivo pela possibilidade de consolidação do segmento, que é bastante fragmentado, e aceleração de fusões e aquisições. Nesse cenário, o Grupo Soma (SOMA3) é visto como a companhia melhor posicionada para consolidar a indústria.

O setor ainda se beneficiará das tendências que surgiram com a Covid-19, como o e-commerce. Os consumidores passaram a comprar online com mais frequência, o que fez com que as empresas investissem em seus canais digitais.

“Nós entendemos que ser multicanal se tornou ainda mais importante para a digitalização da indústria de vestuário, visto que os consumidores ainda valorizam o ‘tocar e sentir’ e a possibilidade de experimentar os produtos”, comentaram os analistas de Varejo Danniela Eiger, Thiago Suedt e Marco Nardini, em relatório divulgado ontem à noite.

A pandemia também trouxe oportunidades para as companhias em termos de localização. Algumas lojas de shopping centers não conseguiram manter as operações, levando a um aumento na vacância. Além disso, a pauta ESG e os lançamentos de coleções diferenciadas, de uma moda mais disruptiva, ganharão cada vez mais destaque no futuro. O Grupo Soma e a C&A (CEAB3), as preferências da XP no setor, estão preparados para aproveitar as mudanças do setor.

“A C&A tem sido muito ativa no lançamento de coleções cápsula ou collabs, ao mesmo tempo em que se associa a marcas menores, para alavancá-las por meio de parcerias. No Grupo Soma, a empresa se destaca como a plataforma líder de moda no segmento de luxo, com diversas marcas consagradas e com um histórico de coleções sólido e assertivo”, afirmaram os analistas.

Valor a ser destravado

C&A
A XP retomou a cobertura das ações da C&A com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18 para o fim de 2021 (Imagem: LinkedIn/C&A Brasil)

A XP retomou a cobertura das ações da C&A com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18 para o fim de 2021. Segundo a corretora, a varejista tem muito valor para ser destravado ainda, seja por meio da expansão de lojas, da crescente atuação online ou das melhorias operacionais (principalmente em logística).

Outra questão é que a possibilidade de mudança no controle da C&A chega a ser um potencial risco positivo.

“De acordo com notícias locais, o acionista controlador da C&A está analisando uma potencial venda de suas operações no Brasil”, relembraram Eiger Suedt e Nardini. “Caso isso se confirme, vemos dois cenários potenciais: (i) ocorre uma mudança de controle, desencadeando direitos de tag along aos acionistas minoritários; ou (ii) o controle é diluído e a empresa se torna uma corporação, o que melhoraria a liquidez das ações e aumentaria a autonomia da administração para conduzir o negócio”.

Sobre o Grupo Soma, a XP iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17. Existem diversos pontos positivos na tese de investimento da companhia, que pode crescer muito expandindo lojas físicas e comprando ativos novos.

“Acreditamos que ela conseguiu se situar como uma empresa aspiracional, com marcas menores se inspirando nela e, portanto, facilitando as negociações em eventuais transações de fusões e aquisições”, comentaram os analistas.

A XP retomou a cobertura da Lojas Renner (LREN3) com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 18. Para a rede de joalherias Vivara (VIVA3), a recomendação é de compra e o preço-alvo é de R$ 33.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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