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Empresas familiares se dizem otimistas sobre negócios nos próximos três anos

17 dez 2018, 16:44 - atualizado em 17 dez 2018, 16:44
(Pixabay)

A 3ª edição da pesquisa “Retratos de família”, elaborada pela KPMG, revelou que 70% das empresas familiares brasileiras se dizem otimistas quanto ao próprio negócio nos próximos três anos, enquanto 23% dizem estar neutras e 7% pessimistas. Mesmo com as incertezas políticas e a instabilidade da econômica, tal representação positiva vem em decorrência do aumento da receita, da lucratividade e do quadro de funcionários nos últimos seis meses.

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“Esta nova pesquisa revela indicadores únicos, precisos e atualizados sobre práticas de governança corporativa, anseios, expectativas e perspectivas das empresas familiares brasileiras”, afirma Sidney Ito, sócio-líder de Governança Corporativa e Riscos e CEO do ACI Institute da KPMG no Brasil e na América do Sul. “. Os resultados revelam que os líderes dessas organizações confiam nos seus pontos fortes e prezam pela perenidade do negócio com a manutenção da família no controle da operação”.

Dentre as 217 empresas familiares entrevistadas, 65% dos respondentes são membros da família proprietária e 30% são diretores. Os pontos fortes de destaque são: tomada de decisões rápida e flexível, representando 54%; marca forte ou presença de mercado, 42%; atendimento ao cliente, 40%; capacidade empreendedora, 33%; valores e cultura compartilhados, 22%; engajamento dos colaboradores, 19%; robustez financeira e facilidade no acesso ao capital, 14%; visão de longo prazo, 13%.

Quando questionados sobre mudanças benéficas aos negócios familiares, 18% responderam redução de impostos, 17% leis trabalhistas mais flexíveis e 14% legislação fiscal mais simples.

Sobre a representação de setores, o agronegócio vem em primeiro lugar, com 19%, seguido de serviços e atacado e varejo, ambos com 12%. Construção, consumo (sem contar atacado e varejo), bens industriais, saúde e ciências da vida e transporte representam, respectivamente, 9%, 8%, 6%, 6% e 5%.

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Perfil dos entrevistados

O faturamento de 35% deles está entre R$ 100 milhões e R$ 499 milhões. 23% conseguem faturar até R$ 49 milhões, enquanto o faturamento de 19% consegue chegar a R$ 1 bilhão.

Em termos de idade, 18% têm até 20 anos. 40% responderam estar entre 21 e 40 anos, 28% entre 41 a 70 anos. Somente 14% possuem mais de 70 anos.

Os entrevistados com um quadro de funcionário entre 100 e 499 correspondem a 42%. 18% contam com até 99 funcionários.

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A maioria diz ter controle majoritário, Dentre elas, 45% são por pessoa física e 22% por pessoa jurídica.

Governança corporativa

As empresas que listaram as boas práticas de governança corporativa constituem a maioria, com 85%. Harmonia e comunicação entre gerações também foram fatores listados por outros 85%. Nível de preparação e capacidade dos sucessores soma 82%.

Dos entrevistados, 42% disseram ter Conselho de Administração e 53% mencionaram que a Diretoria Executiva é composta por membros da família. Em 85% das organizações, o diretor-presidente é um membro da família.

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Os familiares da próximo geração interessados em ocupar a gestão correspondem a 55%, mas somente 13% veem que a próxima geração está preparada.

Lucro

A tendência da receita histórica segue positiva, com 56% das empresas indicando aumento no último semestre. 25% conseguiram manter a receita, enquanto 19% registraram perda.

A lucratividade também deu mostras de crescimento, o que reafirma o cenário de favorecimento às empresas familiares e à economia. “O sentimento de confiança não foi abalado por eventos externos, como a greve dos caminhoneiros e as eleições gerais”, pontua Sebastian Soares, sócio-líder de Mercado Empreendedor e Empresas Familiares da KPMG no Brasil. “Com essa perspectiva, essas organizações devem seguir aplicando recursos no negócio em que atuam”.

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Do total de entrevistados, 74% apostaram em investimentos, sendo que 37% deles ainda pretendem trazer inovação e 15% desejam investir na manutenção dos negócios. 28% querem transferir recursos financeiros para a criação de novos negócios ou produtos. Outros 20% pensam em expansão nacional e internacional.

Preocupações

A incerteza política e econômica apareceu em 61% das respostas. A redução da lucratividade vem em segundo lugar, com 48%. 26% afirmam que a disputa por talentos é uma preocupação que vem crescendo bastante nos últimos tempos.

Expectativas

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Para 43%, a estrutura societária não mudará nos próximos anos. O percentual caiu consideravelmente em comparação a 2017 e 2016, quando os índices registrados chegaram a, respectivamente, 84% e 87%.

A venda da empresa, por outro lado, vem crescendo. De 6% nos anos anteriores, a categoria fechou com 16% em 2018.

O número de empresas que desejam atuar fora de suas respectivas localidades também aumentou, saltando de 27% em 2016 para 75% em 2018. Sudeste é o maior polo de atração para 44%. Nordeste e Centro-Oeste vêm em seguida, ambos com 29%. 34% ainda esperam atuar fora do Brasil, sendo 21% na América Latina e 13% em outros países.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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