BusinessTimes

Empréstimo a elétricas devido ao coronavírus será liberado em 7 parcelas, diz Aneel

21 jul 2020, 17:34 - atualizado em 21 jul 2020, 17:34
Energia Elétrica Relógio de Luz
O primeiro desembolso para as elétricas concentrará o grosso dos recursos da operação (Imagem: Pixabay)

Um empréstimo de cerca de 15 bilhões de reais viabilizado pelo governo junto a um grupo de bancos para apoiar o caixa de distribuidoras de energia em meio aos impactos do coronavírus sobre o setor será liberado em sete parcelas, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A operação, cujos custos serão repassados aos consumidores ao longo dos próximos cinco anos, terá o primeiro desembolso para as empresas em 31 de julho e o segundo em 10 de agosto, segundo contrato aprovado pela diretoria do órgão regulador.

A partir de setembro, haveria uma liberação por mês até dezembro, quando seriam pagas às elétricas duas parcelas, uma em 9 de dezembro e outra em 28 de dezembro, ainda segundo informações da agência.

Após um período de carência, o financiamento começará a ser quitado pelas distribuidoras a partir de junho de 2021, por meio de recursos obtidos com encargo cobrado nas tarifas dos consumidores. O último pagamento é previsto para 15 de dezembro de 2025.

O primeiro desembolso para as elétricas concentrará o grosso dos recursos da operação, com 11,84 bilhões de reais, segundo a Aneel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A segunda parcela liberada será de 1,1 bilhão, seguida então por desembolsos na casa de dezenas ou centenas de milhares de reais. A última liberação, em 28 de dezembro, envolverá 132,4 milhões de reais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vencimento antecipado

O contrato aprovado pela Aneel prevê que o grupo de bancos responsável pelo financiamento, liderado pelo BNDES, poderá declarar vencimento antecipado e exigir pagamento integral da transação caso alguma distribuidora ou associação ligada ao setor inicie qualquer procedimento judicial ou administrativo para questionar a operação e seus efeitos.

Essa antecipação do vencimento, no entanto, não seria automática –a Aneel seria acionada e teria prazo genérico de até cinco dias para sanar a situação, sendo que a antecipação do pagamento também exigiria consenso entre os bancos credores.

O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, disse na terça-feira passada que o empréstimo ajudará as distribuidoras a lidar com a forte redução do consumo e o aumento da inadimplência decorrentes da crise do coronavírus, enquanto poupará os consumidores de efeitos maiores no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele projetou que as tarifas poderiam subir em média 12% neste ano sem o apoio às empresas, que ganhou o nome de “Conta-Covid”.

Após a transação, o aumento tarifário neste ano deve ser de entre 3% e 4%, com parte dos custos sendo diluída para os próximos anos.

Entre as principais empresas do setor de distribuição de eletricidade no Brasil estão grupos controlados pela italiana Enel, a chinesa State Grid e a espanhola Iberdrola, além de companhias locais como Energisa, Equatorial, Cemig e Light.

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.