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Encomendas à Amazon ajudam a impulsionar rali de óleo de cozinha

19 set 2020, 12:04 - atualizado em 16 set 2020, 10:11
Amazon AMZN
Embora muitos fabricantes de diesel renovável em lugares como a Califórnia prefiram óleo de cozinha já usado como matéria-prima, o fechamento de restaurantes reduziu a oferta (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

Não é a conexão mais óbvia, mas encomendas à Amazon.com têm ajudado a puxar a alta dos contratos futuros de óleo de cozinha.

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Isso porque o maior volume de pedidos online durante a pandemia aumentou a quilometragem de caminhões, geralmente movidos a diesel e suas alternativas verdes.

Embora muitos fabricantes de diesel renovável em lugares como a Califórnia prefiram óleo de cozinha já usado como matéria-prima, o fechamento de restaurantes reduziu a oferta.

É aí que o óleo de soja entra em jogo. Os futuros negociados em Chicago subiram quase 40% desde a mínima de março, quando quarentenas de Nova York a Los Angeles atingiram a demanda pela maioria das commodities.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos já prevê que o uso para produzir biodiesel aumentará mais de 3% nesta temporada, depois da queda vista um ano antes.

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“O tráfego de caminhões tem crescido”, disse Mac Marshall, vice-presidente de inteligência de mercado do United Soybean Board e do US Soybean Export Council. “Provavelmente vou receber cinco pacotes da Amazon hoje. Quando você pensa sobre as frotas de caminhões de longo curso, elas consomem principalmente diesel, então a demanda do lado do biodiesel não diminuiu.”

Produtores de etanol ganharam as manchetes no início do ano, quando o coronavírus deixou carros fora das estradas e levou ao fechamento de usinas nos Estados Unidos.

O tráfego de veículos de passageiros – a maioria movidos a gasolina misturada com etanol – despencou e ainda mostra queda de 16% na semana encerrada em 30 de agosto na comparação anual. No entanto, a quilometragem dos caminhões subiu 5%, segundo dados do Departamento de Transporte dos EUA.

O fechamento de processadoras de carne nos EUA no início do ano também deixou produtores de diesel renovável sem resíduos animais que muitos usam como matéria-prima, disse Marshall. Muitos fabricantes de diesel renovável usam sebo, uma forma processada da gordura de carne bovina ou de carneiro.

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“Tivemos queda do abate no segundo trimestre, o que resultou em menos oferta disponível de matéria-prima no lado da renderização, mas também menor tráfego em restaurantes e menores volumes de gordura reutilizada”, disse. “Esta tem sido uma oportunidade para o óleo de soja se valorizar como matéria-prima, então vemos uma boa apreciação dos preços.”

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bloomberg@moneytimes.com.br