Enel vê panorama otimista após renováveis e redes elevarem lucros

A elétrica italiana Enel, maior empresa de serviços públicos da Europa, apresentou uma perspectiva otimista após registrar um forte avanço em seus lucros no primeiro semestre de 2019, alavancados pelos negócios em energia renovável e redes.

“Nosso próximo Dia do Mercado de Capitais será baseado em forte crescimento orgânico impulsionado por fortes fluxos de caixa”, disse a analistas o presidente-executivo da companhia, Francesco Starace.

A Enel, que controla o grupo espanhol Endesa, está investindo amplamente em energias renováveis e linhas de distribuição para abastecer o crescimento futuro.

Ambos os negócios, que devem absorver 80% dos 27 bilhões de euros de investimentos nos próximos três anos, ajudaram a levar a empresa a um salto de 13,4% em lucros ordinários essenciais até junho, para 8,76 bilhões de euros (9,70 bilhões de dólares), em linha com o esperado.

Seus investimentos em desenvolvimento no período cresceram 33%, para 2,5 bilhões de euros, com mais de dois terços destinados à energia limpa.

“Estamos construindo e desenvolvendo mais de 7 gigawatts em capacidade renovável, que deve contribuir com cerca de 1 bilhão de euros por ano em Ebitda (lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização)”, disse Starace.

À medida que governos introduzem leis mais rigorosas para atender às metas climáticas, o setor energético europeu passa por uma mudança significativa, comandada pelo “boom” nas renováveis.

Leia também

Comprar ou vender?

Ação dispara 6% na Bolsa após resultados sólidos no 1T24; horar de apostar em MULT3?

Empresas

Com alta de 9% em Wall Street, Google chega a US$ 2 trilhões em valor de mercado

Starace, que afirmou que o grupo fará um esforço maior para consolidar as minorias nos próximos anos, disse que está pronto para fazer pequenas e médias aquisições, especialmente em redes.

“Continuamos céticos quanto a fusões estratégicas divisoras de águas pelos próximos anos, uma vez que elas parecem ser extremamente problemáticas na Europa… e extremamente dilutivas”, disse ele.