Economia

Energia pressiona e alimentos aliviam IPCA-15, mas o jogo deve virar, diz economista-chefe do Bmg

25 set 2025, 14:45 - atualizado em 25 set 2025, 14:50
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IPCA-15 setembro sobe 0,48%. (Imagem: Rafael de Matos Carvalho/Canva)

O avanço da energia elétrica e a queda nos preços de alimentos marcaram a leitura da prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) em setembro, mas essa dinâmica deve se inverter nos próximos meses, segundo Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.

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“No quarto trimestre, é natural que a alimentação volte a pressionar, enquanto a energia deve dar algum alívio com a redução esperada das bandeiras tarifárias”, disse em entrevista ao Money Times.

Isso porque as chuvas tendem a aliviar a conta de energia, mas, ao mesmo tempo, pressionam a dinâmica dos alimentos.

Em setembro, o IPCA-15 acelerou 0,48%, após a queda de 0,14% em agosto. O resultado refletiu, sobretudo, a alta de 12,2% na energia elétrica, influenciada pelo fim do desconto de Itaipu e pela bandeira vermelha 2. Os alimentos no domicílio, porém, recuaram 0,63%.

Serrano destacou que, embora a surpresa tenha sido modesta em relação às projeções, a desaceleração vinda da alimentação foi o principal fator de alívio.

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Para o economista, outubro e novembro devem registrar leituras mais baixas. Já em dezembro, a inflação deve ganhar força novamente, com a pressão sazonal dos alimentos e o aumento do preço das passagens aéreas e de serviços ligados a lazer e férias.

“A inflação de serviços segue sendo a mais resistente e não deve aliviar até o fim do ano, em parte por conta do mercado de trabalho apertado”, afirmou.

A projeção do Bmg para o IPCA em 2025 é de 4,8%. Serrano não descarta a possibilidade do índice chegar no teto da meta — de 3% com intervalo de 1,50 ponto percentual –, mas afirma que é preciso uma combinação de fatores não previstos, como uma bandeira tarifária de energia mais baixa ou cortes nos preços de combustíveis.

Ele reconhece que atingir o centro da meta será difícil nos próximos anos. Os primeiros sinais de convergência mais próxima ao objetivo do Banco Central devem aparecer no horizonte mais longo, no início de 2028.

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O economista reforça que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve encontrar espaço para iniciar os cortes da Selic no primeiro trimestre de 2026, provavelmente em janeiro. Para que isso se confirme, será preciso observar maior acomodação do mercado de trabalho e consolidação de projeções de inflação.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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