BusinessTimes

Energisa: alta da inflação e juros baixos podem dar um empurrãozinho nas ações

12 mar 2021, 15:04 - atualizado em 12 mar 2021, 15:04
Energisa
O Índice Geral de Preços Médios (IGPM), que mede a inflação, de 2020 em 23% deverá impulsionar as tarifas (Imagem: Youtube/Energisa)

A Energisa (ENGI11) divulgou resultados fortes, como o esperado por analistas, aponta o Safra em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (12).

O principal destaque ficou por conta do Ebitda, que mede o resultado operacional. A cifra de R$ 1,1 bilhão superou em 14,7% a previsão do banco e em 22,8% o consenso.

Apesar disso, o lucro líquido de R$ 192 milhões foi 54% abaixo da expectativa do Safra e 57% menor que o consenso.

Inflação alta deve dar um força

O Índice Geral de Preços Médios (IGPM), que mede a inflação, de 2020 em 23% deverá impulsionar as tarifas para Paraíba, Sergipe, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, especialmente nos períodos de 2021 a 2022, destaca o analista Daniel Travitzky.

Além disso, as taxas da Selic ainda baixas reduzem as despesas com juros.

“Essas mudanças aumentaram o Ebitda estimado em 14,6%, 12,0% e 10,8% para 2021, 2022 e 2023, respectivamente”, afirma.

O Banco Safra tem recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 64, potencial de valorização de 47%.

Números

No ano completo de 2020, a Energisa apurou lucro líquido de 1,6 bilhão de reais, crescimento de 204,9% no ano a ano, enquanto o Ebitda teve aumento de 12,3% na mesma base, para 3,9 bilhões de reais.

Com negócios em distribuição, transmissão e geração de energia, a empresa somou receita operacional líquida de 5,57 bilhões de reais de outubro a dezembro, alta de 25,2% ano a ano.

O resultado financeiro foi negativo em 495,7 milhões de reais, contra -231,4 milhões no quatro trimestre de 2019.

A Energisa disse que esse número refletiu a contabilização de uma opção de conversibilidade do bônus de subscrição de uma emissão de debêntures, que teve impacto negativo de 393,9 milhões, contra 144,2 milhões no mesmo período de 2019.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.