Setor Elétrico

Engie quer quintuplicar linhas de transmissão no país em 5 anos

03 set 2019, 14:28 - atualizado em 03 set 2019, 14:28
engie
A companhia não tem um orçamento fechado para investir, mas diz que “a liquidez mundial enorme” é uma oportunidade para obter recursos para os investimentos que decidir fazer (Imagem: Divulgação Engie Brasil)

O governo brasileiro quer estimular investimentos privados em infraestrutura, e a francesa Engie SA quer aproveitar a oportunidade para expandir seus negócios no país.

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Fazer parte do consórcio que adquiriu a TAG da Petrobras por mais de R$ 30 bilhões não reduziu as atenções da empresa apenas ao segmento de gás, e os planos incluem também o segmento de linhas de transmissão, energia renovável e até em serviços como iluminação pública e monitoramento de sinais de trânsito.

“Sempre fomos uma empresa de atacado, agora começamos a ter mais visibilidade”, disse Mauricio Stolle Bahr, presidente da Engie Brasil, que controla a Engie Brasil Energia, em entrevista no escritório da Bloomberg. Segundo ele, a estratégia envolve crescer em três vertentes: energia renovável, infraestrutura para energia elétrica e gás, e soluções para clientes.

Em linhas de transmissão, por exemplo, a Engie se prepara para iniciar as obras de uma linha de 1.000 quilômetros no Paraná, onde vai investir R$ 2,5 bilhões. Em 5 anos esperam chegar a um total de 5.000 quilômetros, seja através de aquisições ou de novas concessões adquiridas em leilões do governo. O próximo leilão de transmissão está marcado para dezembro deste ano.

O endividamento cresceu com a compra da TAG, “mas está longe dos covenants”, disse Bahr. A alavancagem era em torno de 2,6 vezes no balanço da Engie Brasil Energia do segundo trimestre, enquanto algumas dívidas da companhia têm covenant de 3,5 vezes, de acordo com o executivo. A dívida líquida era de R$ 11,4 bilhões ao fim do segundo trimestre, segundo o balanço.

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A empresa vê “com bons olhos” o programa batizado pelo governo de Novo Mercado de Gás, com o qual a gestão Bolsonaro pretende reduzir os preços ao consumidor final, segundo o executivo. A mudança do atual modelo de um único operador deve gerar mais eficiência e atrair mais investimento, disse Bahr. “O mercado de gás vai se abrir como o de energia elétrica”.

Bahr explica que, com a incorporação, estão “desengavetando” alguns projetos da TAG para avaliar assim que os detalhes do Novo Mercado de Gás estiverem mais claros. A empresa vai, inclusive, avaliar a possibilidade de comprar distribuidoras de gás no país.

A companhia não tem um orçamento fechado para investir, mas diz que “a liquidez mundial enorme” é uma oportunidade para obter recursos para os investimentos que decidir fazer, segundo Bahr.

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