Tecnologia

Entenda em 4 motivos o porquê Facebook e Instagram ameaçam deixar a Europa

08 fev 2022, 21:21 - atualizado em 09 fev 2022, 1:08
Mark Zuckerberg
Em tom de ameaça, Meta divulgou relatório afirmando que retiraria suas principais redes sociais da Europa (Imagem: Shutterstock/Frederic Legrand)

Após mudanças na legislação europeia, a Meta (FB; FBOK34), empresa responsável pelo Facebook e Instagram, ameaçou retirar suas redes sociais de países da União Europeia. Confira, abaixo, as principais razões que podem levar a empresa americana e descontinuar suas operações:

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1. Problemas com a justiça europeia

Em julho de 2020, o Tribunal de Justiça Europeu revogou o acordo do Escudo de Proteção da Privacidade que havia firmado com os Estados Unidos. Agora, sem autorização para transferir dados de usuários da Europa, grandes empresas de tecnologia norte-americanas precisarão rever suas políticas de tratamento e armazenamento de dados, incluindo a Meta.

2. Gastos para adequação

Leis são revistas o tempo todo, mas essa deu o que falar. Com as mudanças na lei europeia, os gastos de adequação da Meta para manter o Facebook e Instagram operando no continente podem ser bem altos. Com sua base de dados localizada na Califórnia (EUA), a construção de uma nova central na Europa, contratação de pessoal e custos de manutenção teriam um peso considerável no bolso da big tech.

3. Desgastes com países europeus

Em relatório divulgado na última quinta-feira (3), a Meta declarou que se não puder contar com o apoio do governo europeu para possibilitar a transferência de dados para os EUA, “provavelmente não será capaz de oferecer alguns produtos e serviços significativos, incluindo Facebook e Instagram, na Europa”. Mesmo com suas plataformas entre as mais usadas na região, a empresa resolveu adotar o tom de “ameaça” junto aos legisladores, o que não pegou nada bem.

4. Falta de apoio de líderes políticos

E, ao contrário do que se imaginava, líderes políticos europeus não parecem muito preocupados com a questão. Em Paris, os ministros da Economia, Robert Habeck, da Alemanha, e Bruno Le Maire, da França, mostraram-se até entusiasmados com a possibilidade. Para o ministro francês, “a vida sem Facebook é ótima”.

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“Ficaremos muito melhor sem ele [o Facebook]. As grandes empresas de tecnologia precisam entender que o continente europeu irá resistir e afirmar sua soberania”, declarou Le Maire aos jornalistas presentes.

Bruno Le Maire
O ministro das Finanças da França Bruno Le Maire demonstrou certo entusiasmo com a possibilidade de remoção do Facebook da Europa (Imagem: Shutterstock/Alexandros Michailidis)

Pelo visto as imposições de Mark Zuckerberg não surtiram efeito sobre a Europa, que, aparentemente, não fará um movimento sequer em apoio a Meta ou qualquer outra empresa de tecnologia que queira atuar no continente.

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Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
renan.nunes@moneytimes.com.br
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Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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