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Entenda o impacto das empresas asiáticas de e-commerce para o mercado brasileiro

17 jan 2022, 13:17 - atualizado em 17 jan 2022, 13:17
Shopee
Até 2025, a equipe acredita que a participação da Shoppe pode aumentar para 20%. (Imagem: REUTERS/Edgar Su)

O aplicativo da Shopee (S2EA34), e-commerce do grupo asiático SEA, se tornou o app de compras mais baixado no Brasil em 2021.

O Goldman Sachs estima que a companhia tenha alcançado uma participação de um dígito no mercado de comércio eletrônico do país no ano.

Os especialistas do banco esperam que o marketplace permaneça relevante em 2022, “à medida que continua a construir sua presença e oferta de serviços e à medida que os líderes de mercado incumbentes elaboram estratégias para atingir o mesmo mercado”.

Até 2025, a equipe acredita que a sua participação pode aumentar para 20%.

Contudo, antes de se tornar um player cada vez mais competitivo no mercado nacional, ainda há alguns desafios logísticos para a Shopee.

Os tempos médios de envio da companhia tendem a ser de 5 a 25 dias para pedidos de vendedores locais, o que se compara ao envio de 2 dias para cerca de 75% dos pedidos do Mercado Livre (MELI34)

Mas os especialistas do Goldman acreditam que “os generosos benefícios de frete grátis e as diferenças de preço compensam os períodos de envio mais longos”.

Além disso, o relatório do banco avalia que “a lista de lojas oficiais de vestuário e eletrônicos ainda fica atrás de outros marketplaces”.

Apesar do lançamento de novas lojas oficiais estar crescendo, com marcas como P&G, Unilever, Danone, Nestlé, Mondelez, “provavelmente refletindo o interesse em obter melhores insights do consumidor”.

Eletrônicos e vestuário

A AliExpress (BABA34) é outro site asiático que vem ganhando destaque na categoria de eletrônicos.

A companhia anunciou a construção de seu mercado para vendedores locais em agosto de 2021, oferecendo taxas de aceitação baixas (de 5 a 8%) e frete grátis para compras acima de R$ 50.

Os analistas do Goldman explicam que a empresa também precisaria investir em logística, sortimento, tráfego e níveis de serviço para poder revolucionar o mercado brasileiro. No entanto, considerando seu sucesso em outros mercados, “não descartamos uma intensificação da concorrência em 2022”.

Outra marca que tem chamado a atenção é a Shein, dessa vez no varejo de moda.

O banco acredita que a companhia atrai um público diferente e mais jovem, mais preocupado com a acessibilidade do que os prazos médios de entrega e níveis de serviço do que os principais clientes da Lojas Renner (LREN3) e Arezzo (ARZZ3).  

Os prazos médios de entrega são de cerca de um mês em comparação com os dias para os empreendimentos locais, explicam, “mas acreditamos que a diferença significativa de preço compensa isso”.

A Shein é líder em downloads de aplicativos, e por ampla margem: em 2021, acumulou 23,8 milhões de downloads no Brasil, bem à frente dos líderes locais.

Contudo, embora reconheçam os riscos que esse modelo de negócios disruptivo pode representar para a participação e a lucratividade das concorrentes, os especialistas não enxergam um risco imediato significativo.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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