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Entenda os impactos da elevação da taxa Selic no mercado imobiliário

03 fev 2022, 13:39 - atualizado em 03 fev 2022, 13:39
Imóveis Prédios Construção
Alta da Selic é um componente a mais no aumento do custo da construção civil.(Imagem: Unsplash/Dianamia)

Após a oitava alta consecutiva, a taxa básica de juros (Selic) chega a 10,75% ao ano – o maior patamar desde abril de 2017. O aumento da Selic é hoje o principal instrumento da política monetária do Banco Central para conter o avanço da inflação. Mas como a elevação da taxa impacta o mercado imobiliário?

O professor Luciano Nakabashi, do Departamento de Economia da FEARP-USP, explica que a alta da Selic é um componente a mais no aumento do custo da construção civil.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, o Índice Nacional de Custo da Construção ao Mercado (INCC-M) acumulou alta de 13,7% e a elevação dos juros se soma a esse contexto.

Como os empreendimentos imobiliários costumam ter custo elevado, é comum que as construtoras busquem crédito para viabilizá-los. Quando a taxa Selic aumenta, o crédito fica mais caro e, consequentemente, o custo para construir novos imóveis também.

Financiamento

Para a maior parte das pessoas é inviável realizar o sonho da casa própria sem passar pelo mercado de crédito. O economista Pedro Tenório, da DataZAP+, esclarece que o imóvel é um bem cujo o preço é um múltiplo da renda mensal das famílias, que costumam realizar financiamentos de 20, 25 ou até 30 anos.

“Como o financiamento imobiliário é uma operação bancária de crédito, um aumento da Selic pressiona as taxas de juros de financiamentos imobiliários a também aumentarem. Crédito mais caro, menos concessão, o que freia o mercado imobiliário residencial de compra e venda”, diz Tenório.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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