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Entre brigar com o ambiente, canavieiros de PE preferem a renda do mercado de carbono

08 fev 2021, 10:07 - atualizado em 08 fev 2021, 11:55
Cana-de-açúcar Commodities Agricultura
Cana mais limpa vai gerar crédito para o produtor pernambucano (Imagem: Agência Brasil/Elsa Fiuza)

Os cerca de 7,5 mil canavieiros de Pernambuco que quiserem compensar a emissão de dióxido de carbono, comprando créditos e negociando-os no mercado livre, já podem fazê-lo se cadastrando no sistema da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).

Para a entidade, ao invés de brigar com a onda ambiental, irreversível e justa, é melhor se adaptar e dotar o sistema de mecanismos que também gerem renda, como o mercado de carbono.

A parceria com o Selo ProAr já disponibiliza o formulário para os produtores abrirem o procedimento, gratuito, a partir desta segunda (8), e abre caminho para a geração extra de receita da produção certificada de cana-de-açúcar, seguindo padrões internacionais de sustentabilidade.

Cada crédito de carbono, equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono convertido em gases do efeito estufa, são negociados em leilões na B3 (B3SA3). E confere visibilidade ao empreendimento, podendo atrair, ainda, investidores e recursos destinados exclusivamente para o mercado verde.

Em paralelo, confirma Alexandre Lima, presidente da AFCP, o Selo ProAr garantirá ainda uma nota melhor para o produtor se qualificar em receber sua cota pela parte de sua cana que gerou receita, para a usina, com a emissão de Crédito de Descarbonização (CBio), do RenovaBio, correspondente à comercialização de etanol.

Este ponto, no entanto, gera controvérsias. A lei do RenovaBio não obriga a usina a repassar para seu fornecedor, mas a Feplana, entidade nacional, luta inclusive no Congresso para que isso seja revisto.

Em Pernambuco, as usinas cooperadas Coaf Crangi, Coaf Sul e Agrocan já garantem essa cota aos seus cooperados, afirma Alexandre Lima, presidente também da primeira cooperativa e da Feplana.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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