Internacional

Escalada de nova guerra no Oriente Médio: Entenda o histórico do conflito entre Israel, Irã e o Ocidente

21 jun 2025, 11:00 - atualizado em 20 jun 2025, 14:49
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(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa)

As tensões no Oriente Médio ganharam novos capítulos com os ataques recentes de Israel ao Irã, em meio a acusações sobre o programa nuclear iraniano. Há mais de 30 anos, o Estado Judeu classifica o programa atômico do Irã como uma ameaça a sua existência.

De acordo com especialistas consultados pela Agência Brasil, a alegação de Israel de que atacou o Irã em um ato de defesa é mais um capítulo de diversas operações militares que buscam garantir sua hegemonia na região.

O programa nuclear iraniano, iniciado na década de 1960 com apoio de potências ocidentais ao regime do xá Reza Pahlavi, passou a ser alvo de sanções e pressões após a Revolução Islâmica de 1979.

Desde então, o país nega ter interesse em armas nucleares, mesmo com a retomada do projeto sob o comando do aiatolá Ali Khamenei em 1989.

Para o cientista político Ali Ramos, o verdadeiro objetivo dos ataques israelenses seria conter o avanço econômico e industrial do Irã, além de garantir a superioridade militar de Tel Aviv.

O professor de relações internacionais, Robson Valdez, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) vê o uso de organismos internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), como estratégia para legitimar ações contra o Irã.

Segundo os analistas ouvidos pela Agência Brasil, o país persa sempre submeteu seu programa nuclear às inspeções internacionais, diferente de Israel, que é a única nação do Oriente Médio que não assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Tentativas de acordo, como o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) de 2015, fracassaram após a saída unilateral dos Estados Unidos em 2018 sob Donald Trump, reacendendo a crise.

As atuais negociações, iniciadas no governo Biden, foram interrompidas após os bombardeios israelenses, elevando os riscos geopolíticos na região e a volatilidade nos mercados globais, com destaque para o petróleo, que movimenta a economia da região.

Além do interesse político e econômico, Israel acusa o estado iraniano de financiar grupos classificados como terroristas, como o Hamas e o Hezbollah, que já promoveram ataques a Israel.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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