Escolhido por Bolsonaro, Flávio anuncia seu ‘primeiro gesto’ como pré-candidato à Presidência
O escolhido por Jair Bolsonaro para disputar a Presidência do Brasil em 2026, Flávio Bolsonaro (PL), afirmou neste sábado (6) que seu “primeiro gesto” como pré-candidato será negociar anistia com lideranças “anti-Lula“.
“O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-lula é aprovar a anistia ainda este ano (…) Temos só duas semanas”, escreveu em publicação na rede social X.

Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, após utilizar um ferro de solda para violar a tornozeleira eletrônica. A ordem partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também mencionou a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro como um dos elementos considerados.
Cinco dias depois, a prisão preventiva foi convertida em definitiva, após a execução da condenação relacionada ao plano de golpe de Estado e outros crimes. O ex-presidente recebeu uma pena de 27 anos e três meses.
Vale destacar ainda que Bolsonaro está inelegível pelos próximos 35 anos em função da condenação na ação penal da trama golpista.
Bolsonaro escolhe Flávio como candidato à Presidência
Na sexta-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro disse que foi escolhido por seu pai para ser o candidato do bolsonarismo à Presidência. “É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, disse no X.
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, confirmou a notícia.”Flávio me disse que o nosso capitão confirmou sua pré-candidatura. Então, se Bolsonaro falou, está falado!”, disse também no X.
A notícia de que o ex-presidente escolheu o filho mais velho como candidato sacudiu os mercados no Brasil, fazendo as taxas dos DIs dispararem mais de 50 pontos-base e o dólar subir perto de 3% ante o real, enquanto o Ibovespa despencava mais de 4%.
A informação foi mal recebida pelos investidores, que a veem como um entrave à candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o favorito do mercado.
Os agentes entendem que Flávio teria menos capacidade do que Tarcísio de atrair o voto do eleitor de centro e, portanto, de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
*Com informações da Reuters