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ESG é cada vez mais importante para Moody’s em notas de crédito

15 abr 2020, 11:53 - atualizado em 15 abr 2020, 11:53
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A Moody’s citou os riscos ESG como fator relevante em 33% das 7.637 decisões de classificação do setor privado publicadas em 2019 (Imagem:Youtube/Mood’s)

A Moody’s Investors Service tem prestado mais atenção às questões ambientais e sociais ao avaliar o risco de empresas à medida que o impacto financeiro se torna mais claro.

Mudanças climáticas e demográficas, bem como questões sociais como desigualdade de renda, são cada vez mais destacadas, escreveram analistas da equipe da Moody’s liderada por Robard Williams, em relatório divulgado na segunda-feira.

“Esperamos que as considerações ESG sejam de crescente importância em nossa avaliação da qualidade de crédito do emissor”, disseram analistas da Moody’s em referência ao termo para questões ambientais, sociais e de governança.

“Embora nossas classificações sempre reflitam nossa visão dos riscos ESG, a relevância das questões ambientais e sociais continua a aumentar.”

A Moody’s citou os riscos ESG como fator relevante em 33% das 7.637 decisões de classificação do setor privado publicadas em 2019. Isso destaca “a importância dessas considerações em nossa análise de crédito”, afirmou a Moody’s.

A estratégia financeira e a gestão de riscos – uma categoria de risco de governança – foram citados na maior parte das decisões sobre notas de crédito.

O risco climático, que inclui a transição para uma economia de baixo carbono, bem como os efeitos adversos da mudança climática física, “tem assumido maior destaque nas discussões sobre a qualidade do crédito”, afirmou a Moody’s.

As montadoras tiveram a maior proporção de decisões de classificação que citavam considerações ambientais, seguidas pela mineração de carvão, terminais de carvão e concessionárias de eletricidade e gás reguladas com geração.

A Moody’s rebaixou a dívida sênior sem garantia da Ford Motor em setembro porque o portfólio de produtos deixou a montadora vulnerável à possibilidade de altas multas por emissões em 2020 e 2021.

“Uma integração mais profunda dos riscos climáticos no mercado restringirá a disponibilidade de capital para setores mais expostos”, afirmou a Moody’s.

Seguro de hipoteca, fabricantes de embalagens e mineração de carvão tiveram a maior proporção de decisões de classificação referentes a fatores sociais.

A Vale (VALE3) teve a nota de crédito cortada após o rompimento da barragem em Brumadinho, que resultou em mortes e danos ambientais. A Moody’s citou saúde e segurança como uma consideração social relevante.

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