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Esqueça as ações e se concentre em ETFs e renda fixa, diz Capital Research

01 abr 2020, 14:25 - atualizado em 01 abr 2020, 14:25
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Pode ficar pior: para a Capital Research, ações ainda podem cair com impacto do coronavírus (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ao contrário da maioria dos analistas, que quebram a cabeça para encontrar as ações mais promissoras para os próximos meses, a Capital Research aconselha os clientes a esquecer papéis específicos e se concentrar em ETFs que reproduzem índices, títulos púbicos e fundos imobiliários.

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A gestora divulgou três carteiras recomendadas para abril, desenhadas para investidores com perfil conservador, moderado e agressivo. Em comum, todas balanceiam ativos de renda fixa com renda variável – com destaque para a primeira.

Na carteira agressiva, a mais exposta a riscos, os investimentos em ações representam 22,5% da alocação.

No relatório de recomendações, a equipe de research da instituição mostra pessimismo sobre o que ainda está por vir com a pandemia de coronavírus.

Pode piorar

“Acreditamos que ainda não estão precificados os piores cenários em que a paralisação temporária da economia leva a uma recessão mais duradoura e profunda, com falência de grande quantidade de empresas e alta significativa do desemprego”, afirma o documento.

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A Capital acrescenta que “isso poderia acontecer concomitantemente a uma aceleração inflacionária, apesar de a crise ser inicialmente deflacionária (dada a queda da demanda e do preço do petróleo), em função do aumento do déficit público”.

Tudo somado, a Capital Research lembra que praticamente todos os ativos caíram de preço nos últimos tempos, e recomenda a compra gradual de papéis nas próximas semanas. E alerta que novas quedas são possíveis, se a situação piorar mais rapidamente que o previsto pelo mercado.

Veja as três carteiras recomendadas pela Capital Research para abril.

Perfil conservador
Ativo Setor/Tipo Alocação (%)
Renda fixa 91,5
Tesouro Selic 2025 Pós-fixado 85
Tesouro IPCA + ETF IMAB11 Indexado à inflação 4,5
Tesouro pré-fixado IRFM11 Pré-fixado 2
Fundos imobiliários 4
HGBS11 Hedge Brasil Shopping 1
HGRE11 CSHG Real Estate 1,5
HGLG11 CSHG Logística 1,5
Ações 4,5
S&P 500 (ETF IVVB11) 3,5
Ibovespa (ETF BOVA11) 1
Total 100

 

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Perfil moderado
Ativo Setor/Tipo Alocação (%)
Renda fixa 73
Tesouro Selic 2025 Pós-fixado 55
Tesouro IPCA + ETF IMAB11 Indexado à inflação 12,5
Tesouro pré-fixado IRFM11 Pré-fixado 5,5
Fundos imobiliários 12,5
HGBS11 Hedge Brasil Shopping 3,5
HGRE11 CSHG Real Estate 4,5
HGLG11 CSHG Logística 4,5
Ações 14,5
S&P 500 (ETF IVVB11) 11
Ibovespa (ETF BOVA11) 3,5
Total 100

 

Perfil agressivo
Ativo Setor/Tipo Alocação (%)
Renda fixa 58
Tesouro Selic 2025 Pós-fixado 30
Tesouro IPCA + ETF IMAB11 Indexado à inflação 19,5
Tesouro pré-fixado IRFM11 Pré-fixado 8,5
Fundos imobiliários 19,5
HGBS11 Hedge Brasil Shopping 5,5
HGRE11 CSHG Real Estate 7
HGLG11 CSHG Logística 7
Ações 22,5
S&P 500 (ETF IVVB11) 17
Ibovespa (ETF BOVA11) 5,5
Total 100

 

 

 

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.