Comprar ou vender?

Esqueça Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3); Itaú elege rede fora do radar como favorita

18 ago 2022, 16:10 - atualizado em 18 ago 2022, 16:10
Grupo Mateus
Grupo Mateus é apontada como a preferida do Itaú BBA no setor (Imagem: Divulgação)

O Grupo Mateus (GMAT3) é a varejista de alimentos favorita do Itaú BBA após os resultados do segundo trimestre de 2022, superando o Assaí (ASAI3) e o Carrefour (CRFB3) na preferência da corretora.

O BBA destaca que havia uma preocupação em relação às tendências marginais de geração de fluxo de caixa, visto que a empresa entrou em uma sólida fase de expansão que parecia ter sido realizada muito rapidamente.

Contudo, os resultados do 2T22 sugerem que o pior já passou, dada a melhora marginal nas tendências de fluxo de caixa do Grupo Mateus e a alavancagem operacional, que gerou rentabilidade acima da expectativa em geral.

“Vemos a negociação de ações em 9x preço/lucro 2023, muito abaixo dos pares. Nosso valor justo de R$ 9/ação no YE23 implica um forte potencial de valorização de 57%”, diz o Itáu BBA.

Assaí e Carrefour

Apesar de destacar preferência pelo Grupo Mateus, o BBA tem visão positiva para o setor de varejo alimentício.

Em relação ao Assaí, a corretora espera que a administração divulgue mais detalhes sobre a economia das lojas Extra, convertidas no segundo trimestre de 2022, já que os primeiros dados foram compilados.

A corretora destaca ainda que, embora a ação tenha tido uma ótima corrida recentemente (aumento de 41% em 2022), existe espaço para mais à medida que os investidores mudam seu foco para garantias de avaliação em 2024.

“Vemos o Assaí sendo negociado a 15,1x preço/lucro 23 e 10,8x preço/lucro 24. Nosso valor justo no YE23 de R$ 23/ação implica um potencial de valorização decente de 28%”, diz.

Já para o Carrefour, o BBA vê o ativo como um pouco mais arriscado, mas está otimista com o papel.

“A recente aquisição do Grupo BIG é um movimento estratégico que ajudou a empresa a consolidar ainda mais o segmento de C&C (comprar e levar) e criou caminhos de crescimento, como a expansão do Sam’s Club”, explica.

Do ponto de vista da avaliação, e após o desempenho das ações nos últimos 12 meses, o Itaú vê o papel do Carrefour em um múltiplo preço/lucro um pouco mais rico de 17,5x para 2023, mas 10,4x mais palatável para 2024.

“Comprar a ação é comprar a integração BIG, que levará a uma rápida contração múltipla. E embora permaneçamos todos envolvidos, também reconhecemos que grandes fusões e aquisições raramente são fáceis de gerenciar e pode haver alguns obstáculos ao longo do caminho. Nosso valor justo no YE23 de R$ 27/ação implica um potencial de valorização palatável de 33%”, diz.

BBA está otimista

Em relação ao setor, o Itaú BBA permanece otimista e, no médio prazo, enxerga ganhos consistentes de participação de mercado no formato Cash & Carry (C&C) em relação a outros formatos no varejo de alimentos.

“De acordo com nossas estimativas, a C&C encerrou 2021 com uma participação de mercado de 45%, ante apenas 26% em 2016. E isso não parece estar perto de um teto, uma vez que Supermercados e Hipermercados ainda detêm metade da participação de mercado”, diz.

No curto prazo, destaca que o aumento do subsídio do governo Auxílio Brasil para R$ 600 por mês pode servir como um bom impulsionador de receita para todos os varejistas nos próximos meses.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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