Mercados

Esqueça o Home Broker! Chegou a era do App Broker

05 abr 2019, 6:00 - atualizado em 05 abr 2019, 7:26
A nova leva de investidores não fica mais diante de uma tela de computador

Por Gustavo Kahil, editor e sócio-fundador do Money Times

Quem aí não se lembra das primeiras plataformas de investimentos na internet? Ok, muitos não se recordam, mas eu posso falar um pouco sobre isso já que vivi este início da “popularização” da Bolsa. Há uns 15 anos me aventurei em alguns trades, à época, por meio da Solidez e depois pela Título Corretora, hoje a Easynvest. Não vou aqui abrir o que comprei. Até adoraria, mas seria humilhante.

Acompanhei, como jornalista no mercado financeiro, o lançamento da Wintrade pelo Roberto Lee. Foi uma mudança muito forte em tudo o que se fazia até então em marketing de corretoras. Deu certo, Lee vendeu o projeto e hoje está na americana Avenue Securities, após também ter capitaneado a Clear, hoje da XP Investimentos.

Pois é, o mercado mudou muito e o ecossistema de diálogo com o investidor também.

Após uma rodada de conversas com líderes de projetos novos e consolidados nas últimas semanas, como Marcelo Flora do BTG Pactual Digital, José Clemenceau Assad Junior da Pi Investimentos, o time de marketing da Genial Investimentos, Bernardo Pascowitch da Yubb, Francis Suenaga do App Renda Fixa, Monica Saccarelli da Diin, Pedro Albuquerque do TradersClub, Walter Poladian da Fliper e Daniel Gomes do Nexoos, consegui chegar até uma conclusão:

O Home Broker morreu. Ou, pelo menos, não é mais nem de longe um sinônimo para veículo principal de investimentos.

Lá perto de 2007, o processo era mais ou menos assim. Você preenchia um cadastro online e imprimia o contrato. Depois de rubricar, assinar, juntar documentos, autenticá-los e rezar um pouco para ter feito tudo certo, mandava tudo pelos Correios para a corretora. Tudo isso poderia levar uns 15 dias, ou bem mais.

Hoje, em minutos, você pode baixar inúmeros aplicativos e fazer contas em todos eles em poucas horas. Claro, algumas verificações podem ser feitas, mas é incomparável. Eu fiz este teste ontem à noite. Veja abaixo a minha tela como ficou.

Você pode, por exemplo, abrir uma conta no Warren, escolher alguns fundos. Depois, vai na Vitreo e acha uma previdência. Tira o dinheiro da poupança e joga na Diin enquanto decide o que fazer. Se deseja operar mesmo, por a mão na massa, vá até o BTG Digital, Pi, Easynvest, Genial, entre outros. Quer ser um trader? Vá ao TradersClub e fique por dentro do que se comenta no mercado em tempo real. Ficou com muitas contas e está tudo bagunçado? Entre na Fliper e conecte tudo isso em uma tela só. Isso sem contar os investimentos alternativos de criptomoedas ou peer-to-peer.

Ufa! Quanta coisa mudou nesta década e uns quebrados, hein?

Se você chegou ao mercado só agora, ou se ainda está preso em um banco ou corretora, saiba que você está na era do app broker! Bem-vindo!

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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