Comprar ou vender?

Esta ação avança 30% neste ano, mas ainda segue fora do radar do mercado e pode engatar nova alta, segundo o Itaú BBA

25 jun 2025, 16:14 - atualizado em 25 jun 2025, 16:16
intelbras energia solar
Intelbras trabalha com painéis solares e oferece diversas soluções no setor de energia solar. (Imagem: Unsplash)

Mesmo com alta de quase 30% neste ano, as ações da empresa de soluções em segurança eletrônica e comunicação Intelbras (INTB3) ainda seguem fora do radar, mas o Itaú BBA acredita que isso pode mudar em breve.

Segundo o banco, a migração recente do sistema de gestão (ERP) prejudicou a visibilidade operacional da companhia no curto prazo, dificultando o acompanhamento dos resultados e impedindo que a empresa acompanhasse o rali de outras ações cíclicas da Bolsa. O cenário, no entanto, tende a virar já no segundo trimestre deste ano.

De acordo com o BBA, os impactos da troca de sistema estão ficando para trás. As lojas parceiras voltaram a fazer pedidos em volumes mais altos, os estoques estão sendo reabastecidos e o capital de giro, que ficou pressionado nos últimos trimestres, começa a se estabilizar. Esses sinais indicam que a operação está voltando ao normal, o que deve ajudar a empresa a gerar mais caixa já neste segundo trimestre.

“O feedback do mercado é positivo e os resultados devem voltar a um patamar mais saudável no 2T. Isso cria uma assimetria de risco-retorno bastante atrativa”, afirma o relatório.

Diante disso, o banco revisou suas projeções para a companhia, mantendo a recomendação de outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) e elevando o preço-alvo para o final de 2025 de R$ 17 para R$ 19 por ação. O valor representa um potencial de valorização de 19% em relação ao último fechamento, registrado na terça-feira (23).

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O que esperar do balanço da Intelbras no 2T25?

O Itaú BBA projeta uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), o que representa um crescimento de 7,6% na comparação anual.

O destaque deve ficar com o segmento de segurança, com avanço de 13,5%, impulsionado pela retomada dos canais de distribuição. Já o segmento de energia deve recuar 7%, em função de uma mudança estratégica para contratos mais rentáveis, com foco em margens maiores. A área de comunicações também deve crescer, com alta estimada de 6,5%.

Além do crescimento das receitas, o banco espera melhora significativa na rentabilidade: a margem bruta deve atingir 30%, enquanto a margem EBITDA pode avançar 410 pontos-base, chegando a 12,9%.

No fim, o lucro líquido projetado é de R$ 131 milhões, 12% acima do registrado no mesmo período de 2024.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.