Agronegócio

Esquecidos, produtores de algodão dos EUA enfrentam ano difícil

11 nov 2019, 16:34 - atualizado em 11 nov 2019, 16:34
A produção global explodiu com a ajuda do Brasil, que ganha participação de mercado dos EUA (Imagem: Pixabay)

Produtores de algodão dos Estados Unidos enfrentam um ano tão difícil que até um potencial acordo comercial com a China não deve trazer muito alívio.

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Isso seria impensável há alguns meses para Jeremy Brown, da quarta geração de uma família produtora de algodão no Texas, que começou o ano cheio de otimismo.

Embora o dilúvio na primavera tenha atrasado o plantio de outras culturas, como milho e soja, a umidade foi bem-vinda no solo tipicamente seco do estado. Os preços também subiram após uma safra menor na temporada anterior.

Mas o clima virou, com um calor escaldante que danificou as plantações. A persistente guerra comercial entre Washington e Pequim reduziu as exportações dos EUA para a China, a maior compradora de algodão do mundo.

A produção global explodiu com a ajuda do Brasil, que ganha participação de mercado dos EUA. Agora, mesmo que os agricultores estejam incluídos no pacote de ajuda de US$ 1 bilhão para mitigar o impacto das tarifas, as perspectivas de demanda e colheita são sombrias.

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“É simplesmente horrível”, disse Brown, 39 anos, de Lubbock, Texas, o coração das plantações de algodão nos EUA.

Embora a soja tenha se tornado garota-propaganda da guerra comercial, com opiniões de todos os lados sobre a oleaginosa, como do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, o algodão é uma das vítimas desconhecidas da batalha tarifária.

Apenas cerca de 5,6 milhões de hectares de algodão foram plantados nos estados, incluindo Texas, Geórgia e Mississippi, na atual temporada, comparados com 31 milhões para a soja e quase 37 milhões para o milho.

Os EUA são os maiores exportadores mundiais de algodão e mais de 75% da safra doméstica é exportada, dependendo muito das compras chinesas. Mesmo que Pequim e Washington consigam um acordo, as perspectivas para a demanda global são instáveis e a colheita não parece animadora.

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A chuva favorável no início da temporada deu confiança para que agricultores semeassem uma safra que deve ser 13% maior do que no ano anterior. Mas, embora a área plantada seja maior, a quantia que os agricultores receberão de cada hectare – a produtividade – será reduzida devido ao calor do verão.

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bloomberg@moneytimes.com.br

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