Essa gigante do varejo disparou 80% em 2025; e ela pode muito mais, vê Itaú BBA

Após tocar em sua mínima histórica, em janeiro, o Assaí (ASAI3) caminha para virar o jogo. No ano, o papel dispara 80%, mesmo com a Selic, a taxa básica de juros, nas alturas, algo negativo para o varejo.
Apesar da alta, a ação ainda está longe do seu pico histórico, alcançado em janeiro de 2023, quando chegou a R$ 21.
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Mesmo que a varejista leve um tempinho para alcançar a marca, a ação ainda tem espaço para subir 24%, segundo cálculos do Itaú BBA, que elevou o preço-alvo de R$ 11 para R$ 12. A recomendação é de compra.
Na bolsa, Assaí sobe 4,84%, a R$ 10,18, por volta das 12h43.
Segundo a casa, a empresa divulgou bons números no primeiro trimestre, com alta de 95% no lucro.
Para o Itaú, no entanto, o Assaí ainda possui perspectivas de crescimento mais baixas (plano de expansão revisado para baixo para 2026).
“Continuamos a ver o caso de investimento da ASAI altamente dependente da geração de caixa e da desalavancagem“.
O Assaí reduziu projeção de abertura de lojas em 2026 para 10, contra 20 aberturas esperadas anteriormente.
Sinais encorajadores do Assaí
O final da Páscoa ajudou nas vendas de abril, segundo o Itaú.
O próprio Assaí indicou um SSS (vendas em mesma loja) ousado de 11% em abril (ou 7-8% se desconsiderar o impacto da Páscoa – “uma boa aceleração em relação aos 5,5% do primeiro trimestre”.
“Há muito a ser feito no segundo trimestre, mas os primeiros sinais foram encorajadores. Vemos muitos investidores olhando para o caso de investimento da ASAI como um “proxy de títulos” – com a maior parte do retorno vindo da redução da alavancagem”.
Para o Itaú, considerando os níveis atuais de alavancagem, a história da ASAI se tornou mais uma história “beta”, correlacionada às curvas de juros e sua volatilidade.
“Uma parcela significativa do crescimento dos lucros advém da desalavancagem, que também transfere valor dos detentores de dívida para os acionistas”.
Paralelamente, diz, dado o menor crescimento, o rendimento da geração de caixa (e a rapidez com que é convertido para os acionistas) ganha relevância significativa.
“Também acreditamos que uma parcela significativa das revisões para baixo do consenso já foi contabilizada”.
O Itaú está atualizando as estimativas para incorporar a previsão mais recente da equipe macroeconômica de uma taxa terminal esperada mais baixa para este ciclo.
Agora, projeta lucro líquido (ex-IFRS 16) de R$ 921 milhões e R$ 1.4 bilhão para 2025 e 2026.