Comprar ou vender?

Essa gigante do varejo disparou 80% em 2025; e ela pode muito mais, vê Itaú BBA

22 maio 2025, 12:44 - atualizado em 22 maio 2025, 12:53
Assaí
O Itaú está atualizando as estimativas para incorporar a previsão mais recente da equipe macroeconômica (Imagem: Divulgação)

Após tocar em sua mínima histórica, em janeiro, o Assaí (ASAI3) caminha para virar o jogo. No ano, o papel dispara 80%, mesmo com a Selic, a taxa básica de juros, nas alturas, algo negativo para o varejo.

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Apesar da alta, a ação ainda está longe do seu pico histórico, alcançado em janeiro de 2023, quando chegou a R$ 21.

Mesmo que a varejista leve um tempinho para alcançar a marca, a ação ainda tem espaço para subir 24%, segundo cálculos do Itaú BBA, que elevou o preço-alvo de R$ 11 para R$ 12. A recomendação é de compra.

Na bolsa, Assaí sobe 4,84%, a R$ 10,18, por volta das 12h43.



Segundo a casa, a empresa divulgou bons números no primeiro trimestre, com alta de 95% no lucro.

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Para o Itaú, no entanto, o Assaí ainda possui perspectivas de crescimento mais baixas (plano de expansão revisado para baixo para 2026).

“Continuamos a ver o caso de investimento da ASAI altamente dependente da geração de caixa e da desalavancagem“.

O Assaí reduziu projeção de abertura de lojas em 2026 para 10, contra 20 aberturas esperadas anteriormente.

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Sinais encorajadores do Assaí

O final da Páscoa ajudou nas vendas de abril, segundo o Itaú.

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O próprio Assaí indicou um SSS (vendas em mesma loja) ousado de 11% em abril (ou 7-8% se desconsiderar o impacto da Páscoa – “uma boa aceleração em relação aos 5,5% do primeiro trimestre”.

“Há muito a ser feito no segundo trimestre, mas os primeiros sinais foram encorajadores. Vemos muitos investidores olhando para o caso de investimento da ASAI como um “proxy de títulos” – com a maior parte do retorno vindo da redução da alavancagem”.

Para o Itaú, considerando os níveis atuais de alavancagem, a história da ASAI se tornou mais uma história “beta”, correlacionada às curvas de juros e sua volatilidade.

“Uma parcela significativa do crescimento dos lucros advém da desalavancagem, que também transfere valor dos detentores de dívida para os acionistas”.

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Paralelamente, diz, dado o menor crescimento, o rendimento da geração de caixa (e a rapidez com que é convertido para os acionistas) ganha relevância significativa.

“Também acreditamos que uma parcela significativa das revisões para baixo do consenso já foi contabilizada”.

O Itaú está atualizando as estimativas para incorporar a previsão mais recente da equipe macroeconômica de uma taxa terminal esperada mais baixa para este ciclo.

Agora, projeta lucro líquido (ex-IFRS 16) de R$ 921 milhões e R$ 1.4 bilhão para 2025 e 2026.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.